STF autoriza partido a transmitir sessão a partir de segunda (9). Secretário de Comunicação do PT destaca a importância histórica do processo contra Bolsonaro e outros sete envolvidos na trama golpista
Os desmandos da organização criminosa comandada por Jair Bolsonaro, expostos no julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), ganham um novo capítulo com os depoimentos que serão colhidos pela Primeira Turma da Corte a partir da próxima segunda-feira (9). Para garantir mais uma vez ampla cobertura, o Partido dos Trabalhadores (PT) obteve autorização do STF para acompanhar, com repórter e cinegrafista, o julgamento de Bolsonaro e sete réus na tentativa de golpe em 2022.
A solicitação de credenciamento da TvPT foi feita pela Secretaria Nacional de Comunicação do partido, e aceita pela assessoria do tribunal em e-mail enviado nesta quarta-feira (4). Além da cobertura, a autorização permite que o canal transmita o julgamento em tempo real em todas as redes de comunicação do PT.
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O secretário Nacional de Comunicação do PT, deputado Jilmar Tatto (SP), ressaltou que a cobertura é crucial para a compreensão pública dos fatos. “Esse julgamento transcende a esfera jurídica; ele é um marco para a nossa democracia e uma oportunidade de revisitar e compreender profundamente os riscos institucionais que o Brasil enfrentou”, afirmou o deputado federal.
“A TvPT terá a responsabilidade de levar à população uma cobertura que ajude a contextualizar a gravidade desses atos e a importância de cada passo dado na direção da justiça. É fundamental que a sociedade acompanhe de perto esse processo que moldará a nossa memória histórica e reforçará a integridade das nossas instituições”, afirmou Tatto.
Na próxima semana, uma série de figuras-chave ligadas à trama golpista devem prestar depoimento ao STF. A oitiva começa com a fala do delator Mauro Cid, e incluirá depoimentos de Jair Bolsonaro, do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno, do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, de Walter Braga Netto (que ocupou as pastas da Casa Civil e Defesa no governo autoritário que perdurou no Brasil entre 2019 e 2022), do ex-comandante da Marinha Almir Garnier e do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Do PT Nacional