Donald Trump: presidente americano impôs tarifas a importações de países como China e Canadá – Foto: Reprodução

O “tarifaço” imposto pela gestão de Donald Trump reacendeu tensões com a China, que reagiu elevando tributos sobre produtos agrícolas oriundos dos EUA. Apesar do lado negativo, a resposta abre caminho para o agronegócio brasileiro, que pode ocupar espaço nas exportações de milho, soja, algodão e carnes.

Segundo a especialista Priscila Ziada Camargo Fernandes, há expectativa de valorização das commodities brasileiras, mas os impactos reais ainda dependem da safra em andamento.

A carne bovina brasileira, diferente da americana, é destinada à indústria chinesa, sendo usada em produtos processados. Já a americana, vinda de gado confinado, abastece redes de restaurantes e supermercados. Mariana Inocente P. Guimarães, do Ramax Group, afirma que, mesmo atuando em nichos diferentes, a carne brasileira deve ganhar mais espaço. “Vai aumentar a procura dos chineses pela carne bovina”, disse.

Além da carne, há expectativa de aumento na demanda por frango e porco, principalmente com a diminuição da oferta dos Estados Unidos. Guimarães lembra, porém, que o setor de bovinos ainda enfrenta obstáculos, como a exigência de animais de até 30 meses para exportação à China e a redução de áreas de pasto no Brasil, que vêm sendo substituídas por culturas mais lucrativas.

Trabalhadores em linha de produção de frigorífico processam carne bovina – Foto: Reprodução

Outro desafio é o equilíbrio entre o valor pago pelo boi e o preço da carne, que pressiona as margens de lucro de produtores e indústrias. Hoje, apenas cerca de 30% da produção bovina do país é voltada à exportação. Isso limita o crescimento rápido do setor, mesmo diante da oportunidade aberta pelo cenário internacional.

A perspectiva também é positiva para o amendoim, que pode ganhar força com a possível retração dos Estados Unidos no comércio com México e Canadá.

Esses países devem buscar novos fornecedores, e o Brasil aparece como alternativa viável. O setor espera uma supersafra, com aumento de 40% na área plantada, apesar das preocupações com a seca.

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Last Update: 24/03/2025