A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou, na terça-feira (13), o reajuste de 5% no salário do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Com a mudança, o vencimento bruto mensal do chefe do Executivo paulista passará de R$ 34.572,89 para R$ 36.301,53 a partir de junho deste ano, tornando-se o quinto maior entre os governadores estaduais do país.
Inicialmente, a proposta apresentada no fim de 2024 previa um aumento de 9,68% para o alto escalão do governo, incluindo o governador, vice-governador e secretários. O texto, um substitutivo de autoria do deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB), acabou sendo modificado por meio de uma emenda que limitou o reajuste ao mesmo percentual concedido aos demais servidores estaduais: 5%.
A justificativa para o aumento, segundo o projeto aprovado, é a recomposição inflacionária. O texto menciona ainda que diversas categorias do funcionalismo público, como fiscais de renda e professores universitários, estão pressionando por correções salariais, uma vez que seus rendimentos são impactados pelo teto constitucional — representado justamente pelo salário do governador.
Com o reajuste aprovado pela Alesp, Tarcísio de Freitas passa a ter o quinto maior salário entre os governadores estaduais do Brasil.
De acordo com levantamento feito a partir dos dados mais recentes disponíveis nos Portais da Transparência dos estados, os vencimentos mais altos são registrados em Sergipe, onde Fábio Mitidieri (PSD) recebe R$ 44.008,52; no Acre, com Gladson Cameli (PP) ganhando R$ 42.265,49; em Minas Gerais, onde Romeu Zema (Novo) tem salário de R$ 41.845,49; e na Bahia, onde Jerônimo Rodrigues (PT) recebe R$ 36.894,89. Na sequência, aparece o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com os atuais R$ 36.301,53.
O reajuste também impactará os salários do vice-governador Felício Ramuth (PSD), que passará a receber R$ 34,4 mil, e dos secretários estaduais, que terão vencimentos de R$ 32,6 mil.
Segundo a estimativa do governo paulista, o aumento nos subsídios resultará em um impacto de R$ 18 milhões por mês no orçamento estadual, totalizando aproximadamente R$ 230 milhões ao ano. Para o exercício de 2025, o impacto fiscal previsto é de R$ 144 milhões.
O último reajuste salarial do alto escalão do governo de São Paulo havia ocorrido em 2022, quando os subsídios do governador, vice e secretários foram reajustados em 50%. O autor do novo projeto, Carlão Pignatari, é um dos principais aliados de Tarcísio na Alesp e já foi cotado para presidir novamente o Legislativo paulista durante a atual gestão.
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