Tarcísio revoga posição sobre voto nulo em São Paulo após crítica de Carluxo

Tarcísio de Freitas e Carluxo. Foto: reprodução

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), esclareceu suas falas recentes sobre o possível voto nulo em uma entrevista à Jovem Pan. Na ocasião, ele disse que o “voto nulo é um caminho seguro” caso o segundo turno das eleições municipais em São Paulo fosse disputado entre Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSOL).

Porém, após chamado de bolsonaristas, inclusive de Carlos Bolsonaro (PL-RJ), o governador voltou atrás e admitiu que “não se expressou bem” e que sua fala foi alvo de críticas justificadas. “Não me expressei bem na entrevista e estou sendo criticado com razão. Não haverá voto nulo contra a esquerda aqui”, afirmou Tarcísio, reconhecendo o erro.

O esclarecimento veio após o vereador Carluxo, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), criticar a declaração do governador em uma publicação no X, antigo Twitter. “Não existe voto nulo contra a esquerda. Fizeram isso no passado com o Presidente Bolsonaro e isso ajudou a levarem o PT ao poder. Hoje, passados menos de 2 anos, o país está sendo devastado pela facção. Que Deus abençoe o Brasil”, escreveu.

Fontes próximas à família Bolsonaro revelaram que a declaração de Tarcísio gerou um mal-estar, especialmente porque “não existe o voto nulo” na estratégia política do grupo. Embora Carlos tenha sido o único a se pronunciar publicamente sobre o assunto até o momento, ele geralmente atua em sintonia com o pai, o que dá peso extra às suas palavras.

“O Carlos está certo”, reforçou Tarcísio ao comentar a crítica. “O que expressei foi uma insegurança com o que tenho visto de proposta do Marçal. Queremos, todos, o melhor para a cidade”, explicou o governador, justificando que seu comentário refletia preocupações com a viabilidade e o impacto das propostas do coach para São Paulo.

Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal. Foto: reprodução

Segundo ele, a campanha de Marçal, que não dispõe de tempo de TV nem de uma estrutura partidária robusta, tem se destacado justamente por sua estratégia de chamar a atenção, o que, segundo Tarcísio, “traz insegurança do ponto de vista de gestão”.

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