O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), recebeu um prêmio internacional pela melhor privatização da América Latina em nome da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). O prêmio foi concedido pela International Financing Review, uma revista do mercado financeiro sediada em Londres. A cerimônia ocorreu nesta segunda-feira (17), também em Londres, e contou com a presença do governador, do presidente da Sabesp, Carlos Piani, e de membros do governo paulista.
Em 2024, Tarcísio de Freitas vendeu 32% da empresa para o capital privado, nacional e internacional, restando ao Estado de São Paulo apenas 18% das ações. A privatização, como era de se esperar, ocorreu por um valor muito abaixo do de mercado: aproximadamente um terço da empresa, que vale cerca de R$68 bilhões, foi vendido por R$14,7 bilhões.
Além dessa liquidação com um desconto de R$6 ou R$7 bilhões, os efeitos da privatização já se fazem sentir: aumento exponencial nas tarifas, queda na qualidade do serviço, interrupções constantes em diversas regiões do Estado e falta de investimentos. Ou seja, a venda da Sabesp, realizada pelo atual governo paulista, foi, na prática, um presente aos capitalistas — e, para a população usuária do serviço, um verdadeiro flagelo.
O chamado “prêmio” não passa de uma recompensa dos capitalistas a Tarcísio pelo serviço prestado, além de um incentivo para que outros sigam pelo mesmo caminho: o da destruição dos serviços públicos e da entrega do patrimônio público ao setor privado.