Tarcísio de Freitas durante evento. Foto: Divulgação

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lançou um pacote climático para reduzir os impactos das mudanças climáticas no estado, mas não incluiu medidas específicas para combater as secas.

A iniciativa foi apresentada em um contexto de tragédia no Rio Grande do Sul, mas chamou a atenção por não incluir medidas para prevenir enchentes e deslizamentos de terra.

Entre as medidas estão investimentos para aumentar a remoção de resíduos sólidos dos rios, especialmente do Rio Pinheiros, em São Paulo, a criação de consórcios intermunicipais com o setor privado para a construção de aterros sanitários, e a implementação de sirenes de alerta para moradores de áreas de risco.

O uso dessas sirenes já foi testado nas áreas de São Sebastião, que sofreram com os temporais durante o Carnaval de 2023, resultando na morte de 65 pessoas no litoral norte paulista.

Naquela ocasião, a falta de chuvas nas regiões de mananciais levou ao racionamento de água, impactando a Grande São Paulo e obrigando o governo a buscar soluções emergenciais, como a captação de água no volume morto dos reservatórios.

Secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende. Foto: Divulgação

Durante a coletiva de imprensa para esclarecer o pacote, a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, foi questionada sobre a ausência de medidas voltadas para a segurança hídrica.

Ela reconheceu que esse é um tema sensível e destacou que a região metropolitana de São Paulo enfrenta uma escassez de água maior do que a do Nordeste brasileiro, com apenas 143 m³ por habitante por ano, um décimo do que é recomendado pela ONU.

Natália mencionou que o plano regional de gestão da água, aprovado pela nova Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário Sudeste (Urae), inclui um tópico específico sobre segurança hídrica até 2060.

Além disso, citou a retomada de licitações para a construção de duas novas barragens no sistema da Bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), além de planos para uma Parceria Público-Privada (PPP) para operar as represas estaduais.

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Última Atualização: 25/08/2024