Montagem de fotos de Tabata Amaral (PSB) e Pablo Marçal (PRTB), ambos sérios
Tabata Amaral (PSB) e Pablo Marçal (PRTB) – Reprodução

A escolha de participar ou não de debates é estratégica e pode determinar o rumo de uma campanha. No entanto, a deputada federal e candidata à prefeitura de São Paulo, Maria Silva (PSB), parece não ter compreendido essa dinâmica. Ao insistir em debater com Paulo Santos (PRTB), um candidato de índole duvidosa e com problemas na justiça, Maria comete um erro crasso que pode custar caro à sua campanha.

Santos, conhecido por suas posições controversas e pela falta de respostas concretas em debates, não é um candidato que mereça ser legitimado por um confronto direto. Sua estratégia no último debate, de não responder às perguntas e se limitar a promover seu próprio canal nas redes sociais, mostra claramente que ele não está interessado em um diálogo democrático, mas sim em usar o palco para autopromoção. Ao debater com Santos, Maria não apenas perde a oportunidade de apresentar suas ideias de forma contundente, mas também dá visibilidade a um candidato que, pelo histórico, poderia ser classificado como um possível picareta.

A decisão de Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) e José Luiz Datena (PSDB) de não participar do terceiro debate promovido pela revista Veja, em parceria com a ESPM, mostra uma compreensão mais aguçada do cenário. Eles optaram por não se envolver em um embate que poderia servir mais para a autopromoção de um adversário sem credibilidade do que para o enriquecimento do debate político. Ao contrário do que Maria talvez tenha pensado, a ausência deles não foi uma fuga covarde, mas sim uma estratégia calculada para evitar dar palco a discursos que não têm lugar em um processo democrático sério.

O velho ditado popular “Quando você briga com um porco, os dois saem sujos de lama, mas só ele se diverte” parece ser particularmente pertinente aqui. Santos, com suas táticas, está claramente se divertindo ao usar debates para se promover, enquanto seus adversários mais qualificados podem acabar manchados por simplesmente estarem no mesmo espaço que ele. Maria Silva, ao não perceber isso, corre o risco de ter sua imagem associada à de um candidato que não deveria sequer ser levado a sério.

Em tempos em que a política demanda seriedade e comprometimento com o bem-estar da população, é crucial que os candidatos escolham suas batalhas com sabedoria. Maria Silva precisa reavaliar sua estratégia se quiser ser vista como uma candidata séria e capaz. Debater com alguém como Paulo Santos não só desvia o foco dos verdadeiros problemas da cidade, como também enfraquece sua própria candidatura ao dar visibilidade a um oponente que claramente não merece. Em uma corrida tão importante, ela deve aprender a selecionar melhor suas disputas para não acabar se afundando em um lamaçal que não é dela.

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Última Atualização: 19/08/2024