Meta do Ministério da Saúde é distribuir, até 2026, cerca de 1,8 milhão de dispositivos do Implanon

O governo do presidente Lula, por meio do Ministério da Saúde, anunciou ontem (3) que, a partir do segundo semestre, o implante subdérmico contraceptivo liberador de etonogestrel, conhecido como Implanon, será disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS).

O novo método é considerado vantajoso em relação aos já existentes por sua longa duração — age no organismo por até três anos — possui alta eficácia. A medida busca prevenir gestações não planejadas. A estimativa do Ministério da Saúde é distribuir, até 2026, cerca de 1,8 milhão de dispositivos para atender a todas as mulheres, sendo 500 mil ainda este ano.

O investimento será de aproximadamente R$ 245 milhões. Atualmente, o produto custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. A decisão de incorporar o contraceptivo ao SUS foi apresentada durante a reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

A medida amplia o acesso ao planejamento reprodutivo e fortalece a autonomia das mulheres, especialmente daquelas que dependem exclusivamente do sistema público de saúde. Além de prevenir a gravidez não planejada, o novo método também contribui para reduzir a mortalidade materna, com atenção especial às mulheres negras e periféricas.

No X, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, comentou a decisão:

O Ministério da Saúde deve publicar, nos próximos dias, a portaria que oficializa a incorporação do contraceptivo no SUS. A partir da publicação, as áreas técnicas da pasta terão 180 dias para efetivar a oferta, o que envolve etapas como atualização das diretrizes clínicas, aquisição e distribuição do insumo, capacitação e habilitação de profissionais, entre outras ações.

A inserção e a retirada do implante subdérmico devem ser realizadas por médicas e enfermeiras qualificadas. Por isso, a ampliação da oferta será acompanhada de estratégias de formação teórica e prática desses profissionais.

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A Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) será responsável por coordenar a implementação nos territórios. A expectativa é de que os serviços que já atuam com planejamento sexual e reprodutivo, e contam com profissionais habilitados, iniciem a formação de novas equipes.

Atualmente, o SUS disponibiliza os seguintes métodos contraceptivos: preservativos externo e interno; DIU de cobre; anticoncepcional oral combinado; pílula oral de progestagênio; injetáveis hormonais mensal e trimestral; laqueadura tubária bilateral e vasectomia. Entre esses, apenas os preservativos oferecem proteção contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

Da Redação do Elas por Elas, com informações do Ministério da Saúde 

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Last Update: 05/07/2025