As audiências de instrução sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, foram retomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira (9).
Cerca de 70 pessoas estão arroladas e serão ouvidas nas próximas semanas na ação penal para apuração sobre os mandantes no caso. Os acusados estão presos preventivamente. As testemunhas indicadas pela defesa dos réus são ouvidas pelo juiz Airton Vieira. Ele é juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.
Leia mais: STF torna réus irmãos Brazão e outros três por assassinato de Marielle
São réus e respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa:
- Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ);
- Chiquinho Brazão (Sem Partido-RJ), deputado federal;
- Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro;
- Ronald Paulo de Alves Pereira, major da Policia Militar RJ.
Também é réu Robson Calixto Fonseca (chamado de Peixe), ex-policial militar e ex-assessor de Domingos Brazão no TCE. Ele só responde por organização criminosa por ser acusado de fornecer a arma utilizada no crime.
Em agosto as testemunhas de acusação, indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), foram ouvidas.
Leia mais: Com morte de Marielle, Lessa lucraria R$ 100 mi e criaria milícia
Os réus confessos Ronnie Lessa (atirador) e Élcio de Queiroz (motorista), executores do crime, prestaram os seus depoimentos. Lessa, realizou delação premiada, delatou os irmãos Brazão como mentores do crime, sendo que os demais acusados também estariam envolvidos na farsa para que as investigações não fossem conclusivas, coordenadas então por Rivaldo Barbosa.
*Com informações Agência Brasil