O general Walter Souza Braga Netto, preso neste sábado (12) sob a acusação de obstrução de Justiça. Foto: reprodução

A prisão preventiva do general da reserva Walter Souza Braga Netto foi mantida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) neste sábado (14), após audiência de custódia realizada de forma remota por um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

Com essa decisão, Braga Netto continuará detido na Vila Militar, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Prisões preventivas não possuem prazo determinado para encerramento.

Detido pela manhã em sua residência no bairro de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, Braga Netto participou da audiência de custódia ao longo da tarde. Segundo informações da TV Globo, a audiência não trouxe novidades.

Além disso, a audiência de custódia do ex-ministro durou apenas 13 minutos e transcorreu sem intercorrência, conforme o Valor Econômico. Braga Netto também não usava farda no momento da custódia.

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Bolsonaro e Braga Netto: o general é acusado de tentar interferir nas informações do acordo de colaboração premiada firmado por Mauro Cid. Foto: reprodução

O militar é acusado de interferir no acordo de colaboração premiada firmado pelo tenente-coronel Mauro Cid. Ele também é um dos indiciados pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula (PT) como presidente eleito.

A PF solicitou a prisão preventiva argumentando que o bolsonarista atuou para dificultar as investigações e que sua liberdade representaria risco à ordem pública, com a possibilidade de novas ações ilícitas.

Em comunicado à imprensa, a defesa de Braga Netto afirmou que provará que o general não interferiu nas investigações da PF. No mês passado, após ser indiciado, o militar declarou que “nunca se tratou de golpe.”

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Last Update: 14/12/2024