O Supremo Tribunal Federal manteve a detenção preventiva do general Braga Netto após audiência de custódia realizada no sábado 14. A sessão foi conduzida por um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
O general continuará detido na Vila Militar, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Prisões preventivas não têm prazo para terminar.
Na audiência, como prevê a lei, é verificada a regularidade da detenção — isto é, se houve abuso ou maus-tratos, por exemplo. O juiz pode manter a medida ou relaxar a detenção.
Braga Netto foi detido no sábado 14 em desdobramento do inquérito que investiga uma trama golpista no final de 2022. A medida atendeu a uma determinação de Moraes, após pedido encaminhado pela Polícia Federal. A PF argumentou que a liberdade do ex-ministro representaria um risco à ordem pública e que ele havia atuado para atrapalhar investigações.
Os investigadores apontaram “fortes e robustos elementos de prova” de tentativas de Braga Netto em pressionar membros das Forças Armadas a aderir na trama golpista. Além disso, afirmaram que houve ações do general da reserva para obter informações sobre a colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.