A Suprema Corte dos Estados Unidos liberou o Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) a continuar detenções de imigrantes baseadas em suas raças ou idiomas — uma pessoa marrom ou que fale espanhol pode ser detida apenas com base nisso.

O Departamento de Justiça do governo Trump pediu ao tribunal para suspender temporariamente a ordem emitida pela juíza distrital Maame Frimpong, de Los Angeles, que proibia agentes de parar ou deter pessoas sem “suspeita razoável” — ou seja, um indício claro de que a pessoa é uma imigrante ilegal.

Essa juíza emitiu uma sentença que concluía que as ações do governo Trump violavam a proteção da Quarta Emenda da Constituição dos EUA — contra buscas e apreensões injustificadas — após receber uma ação na sua corte de diversos cidadãos americanos de origem latina detidos em batidas da ICE.

Um dos demandantes, Jason Gavidia, alega que agentes o agrediram após não acreditarem que ele era cidadão americano e exigirem saber o nome do hospital onde ele nasceu.

“Indivíduos de pele morena são abordados ou afastados por agentes federais não identificados, de repente e com uma demonstração de força, e obrigados a responder perguntas sobre quem são e de onde vêm”, afirma o processo.

Em seus argumentos para recorrer da ordem, o Departamento de Justiça afirmou: “Nem é preciso dizer que ninguém acha que falar espanhol ou trabalhar na construção civil sempre gera suspeita razoável”. No entanto, os agentes de imigração “têm o direito de se basear nesses fatores ao intensificar a aplicação das leis de imigração”.

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 08/09/2025