Um supercomputador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), será uma das armas do país para melhorar a previsão de eventos extremos e estudos sobre mudanças climáticas.
O equipamento chegou ao prédio do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), na unidade do INPE em Cachoeira Paulista (SP) nesta semana.
De acordo com o MCTI, o supercomputador tem uma capacidade significativamente maior de processamento e armazenamento de dados, o que permitirá avanços nos modelos numéricos de previsão do tempo, clima e meio ambiente.
Além disso, possibilitará simulações mais detalhadas e precisas, essenciais para a previsão de eventos extremos e estudos sobre mudanças climáticas.
“O sistema será capaz de rodar modelos numéricos de alta resolução, permitindo produzir projeções detalhadas sobre o clima do Brasil nas próximas décadas, contribuindo para políticas públicas e ações de mitigação”, explicou o coordenador-Geral de Ciências da Terra do INPE, José Antônio Aravéquia.
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As informações geradas pelo supercomputador têm aplicações em diversos setores estratégicos. No âmbito da agricultura, por exemplo, o sistema pode ser usado para aprimorar a produção e gestão agrícola. Já na saúde, contribuirá para o planejamento e controle de epidemias.
A capacidade do equipamento de rodar modelos em alta resolução espacial também subsidiará o envio de alertas de curto prazo, garantindo um maior suporte à emissão de mensagens desse tipo e à coordenação de ações emergenciais, especialmente pela Defesa Civil.
Cerca de R$ 27 milhões foram investidos no supercomputador, fabricado pela empresa HPE-Cray, dos Estados Unidos, que venceu a licitação concluída em setembro de 2024.
Em relação ao sistema anterior, o novo supercomputador tem capacidade cerca de 24 vezes maior de armazenamento de dados de alta performance, sendo o mais avançado equipamento de previsão de tempo e de clima do país.
De acordo com o MCTI, nas próximas semanas ocorrerão a instalação e os testes do novo supercomputador, com acompanhamento de técnicos da empresa fabricante, que incluirá um programa de transferência de tecnologia para as equipes do INPE responsáveis pela operação do sistema.
Com informações do MCTI/Inpe
