Subprocurador defende no TCU a expulsão de militares réus na ação do golpe

O subprocurador Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, defendeu em representação enviada à Corte, nesta sexta-feira 30, a expulsão de militares suspeitos de envolvimento na articulação golpista para reverter o resultado das eleições em 2022.

No documento, o representante do MP de Contas pede que o tribunal acompanhe ações em andamento ou que virem a ser instauradas contra os membros das Forças Armadas envolvidos no caso. Dos 31 réus no Supremo Tribunal Federal na ação do golpe, mais de 20 são militares, entre os da ativa e da reserva.

Furtado avalia não ser “razoável e legítimo” mantê-los nas Forças Armadas, sobretudo diante do uso de recursos públicos para manter o que chama de “régias remunerações” aos militares. “A se permitir essa situação, na prática, o Estado está mantendo, em seus quadros de pessoal, agentes que tramaram a destruição desse próprio Estado, para instaurar uma ditadura”, escreveu.

Entre outros argumentos, o subprocurador cita o plano para assassinar Lula (PT), o ministro do STF Alexandre de Moraes e o vice-presidente da República Geraldo Alckmin (PSB). A articulação consta de diálogos interceptados pela Polícia Federal ao longo das investigações. “Para além do aspecto econômico, o cerne da questão envolve a moralidade pública”, resume Furtado.

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