Os Estados Unidos sempre tiveram um discurso de defesa da democracia, do Estado de Direito e dos Estados Unidos, mesmo com as grandes discrepâncias em seu discurso e a realidade, e o governo de Donald Trump não pratica e nem prega tais valores.

“Para muitos apoiadores de Trump, a democracia e o Estado de Direito são menos importantes do que preservar o estilo de vida americano, o que, na prática, significa garantir a dominação por homens brancos às custas de todos os outros”, afirma Joseph Stiglitz, economista e vencedor do Nobel de Economia.

Em artigo publicado no Project Syndicate, Stiglitz ressalta que, para o bem e para o mal, os EUA “fornecem um modelo a ser seguido por outros” – e muitos estão mais dispostos a fórmula de atropelar as instituições democráticas e repudiar seus valores, como o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

“O que o Brasil está fazendo contrasta fortemente com o que aconteceu nos EUA”, afirma o economista, destacando que o país “se recusou a se submeter à intimidação americana”.

Lula defendeu a soberania de seu país não apenas no domínio do comércio, mas também na regulamentação de plataformas tecnológicas controladas pelos EUA – e chamou a ameaça de Trump de “chantagem inaceitável”.

Vale lembrar  que Trump condicionou o fim da cobrança de 50% de tarifas sobre as compras de itens brasileiros ao fim do processo contra seu aliado, o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

Na visão de Stiglitz, Lula tomou sua posição por uma “crença genuína no direito do Brasil de perseguir suas próprias políticas sem interferência estrangeira” e reafirmou seu compromisso com o Estado de Direito e a democracia.

“Trump minou a democracia e o Estado de Direito nos EUA – talvez de forma irreparável. Não se deve permitir que ele faça o mesmo em outros lugares”, pontua Stiglitz.

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Last Update: 28/07/2025