Ao alertar que “esses caras vão avacalhar o STF” se a esquerda não conquistar maioria no Senado em 2026, o presidente Lula explicita o jogo: não se trata de proteger instituições, mas de blindá-las, desde que sirvam ao seu projeto. O Supremo Tribunal Federal, pintado como bastião da democracia, vira peça no tabuleiro político-partidário. A retórica do medo serve para mobilizar a base e justificar prioridades eleitorais: menos governadores, mais senadores. Do outro lado, Jair Bolsonaro (foto/reprodução internet) também mira o Senado pela mesma razão, a de enfraquecer a Corte. No fim, ambos flertam com o desequilíbrio entre os Poderes. O discurso de Lula escancara o que muitos negam: o STF virou troféu simbólico na guerra entre extremos. Ao se dizer defensor da democracia e do STF, o presidente Lula instrumentaliza o Congresso como escudo e o Supremo como trincheira ideológica. A independência entre os Poderes vira refém do cálculo eleitoral.

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Last Update: 02/06/2025