A deputada federal Carla Zambelli (PL) está presa na Itália desde o final de julho após entrar na lista vermelha da Interpol. A prisão se deve à condenação por ter invadido o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nesta sexta-feira (15), outro julgamento contra a deputada voltou a ter andamento no Supremo Tribunal Federal (STF): Zambelli é acusada de perseguir e apontar uma arma para o jornalista Luan Araújo.

O caso remete a outubro de 2022, quando, na véspera do 2º turno das eleições, a então deputada cometeu o crime que foi filmado e divulgado nas redes sociais. O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, entendeu que ela praticou os crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal.

Em março, a corte já tinha maioria pela condenação de Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto (condenados com penas superiores a quatro anos e inferiores a oito anos) e perda do mandato. No entanto, o ministro Kassio Nunes Marques pediu vista, o que interrompeu o julgamento retomado agora.

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Nesse meio tempo, a vida de Zambelli mudou muito. Na iminência da condenação pelo caso do CNJ, ela fugiu para os Estados Unidos e depois para a Itália, onde possui cidadania. Porém, de nada adiantou: a condenação veio e a Justiça italiana a prendeu.

Na sessão virtual desta sexta, Marques votou contra a maioria e até agora é o único a absolver a detenta.

Já votaram, mas pela punição, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Flávio Dino. Mesmo que todos os outros ministros que faltam ainda votem pela absolvição, nada mudará e a pena será somada aos dez anos do outro processo criminal.

Ainda faltam depositar os votos: André Mendonça, Luiz Fux, Edson Fachin e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso. O prazo para votação vai até as 23h59 da próxima sexta-feira (22).

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Last Update: 15/08/2025