STF está entre o protagonismo e a amnésia seletiva 

Os ministros do Supremo Tribunal Federal andam meio titubeante – e não é de hoje. De um lado, Gilmar Mendes (foto/reprodução internet), o decano do verbo elástico, rejeita o “ativismo judicial” com a criatividade de sempre: para ele, o STF não age por vontade própria, mas por demanda da Constituição. Do outro, Flávio Dino, recém-chegado e já íntimo do holofote, declara que o “alto protagonismo” judicial veio para ficar. É uma corte que age como poder moderador, mas fala como partido político – e que desmontou a Lava Jato não por falta de provas, mas por excesso de conveniência. Quando cobrado por alguma autocrítica, o mesmo Gilmar foge da raia, admite no máximo que os supersalários “precisam ser enfrentados” – desde que o problema não seja o próprio Supremo. O inquérito das fake news segue sem fim, o foro privilegiado continua intocado, e o STF vai se distanciando cada vez mais de sua função de guardião da Constituição para se tornar um ator de ocasião e entre eufemismos e evasivas, continua devendo explicações ao país.

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