Everton, PSTU Zona Noroeste (SP)
Nesta semana completa-se três meses do assassinato do menino Ryan (4 anos), morto pelo Estado brasileiro e sua policia, nesta caso a Polícia Militar de São Paulo, enquanto brincava na rua em que morava, no Morro de São Bento, periferia da cidade de Santos, no Litoral Paulista.
A família de Ryan está convocando um ato por justiça que será realizado nesta sexta-feira, dia 07/02 às 17hs, na 1° DP de Santos, na Av. São Francisco,136. É fundamental que todos compareçam.
Beatriz, mãe do Ryan, declarou em sua rede social:
“ Não perdi só o seu sorriso. Perdi a vontade de viver, perdi meus sonhos(…) Mas por enquanto eu tenho que ficar aqui nesse mundo tão mau, para fazer justiça por vocês e por todos que sofrem nas mãos da polícia do Estado, polícia corrupta, polícia que mata porque sabe que tem alguém para proteger eles depois. Polícia que entra nas favelas e dar na cara de uma idosa e inventa qualquer mentira porque sabe que o estado é tão sujo como eles e vai protegê-los. O Derrite tem política de matar, mas os filhos dele estão protegidos dentro da bolha(…) As mãos deles estão sujas com o sangue do meu filho(…) O mínimo é que esses caras vão para júri.”
Desde que assumiram, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, têm promovido verdadeira matanças nas periferias de São Paulo. O pai do Ryan havia sido morto meses antes na ‘Operação Verão’, enquanto conversava com um amigo na rua de casa. O discurso de Tarcísio e Derrite de que são casos isolados, já não pega pra ninguém. Cada dia aparecem novos casos de violência policial, assassinatos cometidos por policiais contra inocentes e a conta só cresce. Como bem disse a mãe do Ryan, as mãos dos governantes estão sujas com sangue do Ryan e de todos que o Estado tem assassinado.
É urgente derrotamos essa política, pois temos um secretário de Segurança Pública que acha uma verdadeira honra ter sangue de preto, pobre, favelado em suas mãos, já que ele é o autor da seguinte frase: “é vergonhoso para um policial não ter ao menos três delitos de homicídio no currículo”.
Por isso, nós do PSTU reforçamos o chamado ao ato por justiça para Ryan. A primeira tarefa para derrotarmos essa política de morte é a solidariedade de toda a classe trabalhadora com as vítimas e familiares. Além disso, é fundamental que consigamos construir um forte movimento pelo ‘Fora Derrite’, como um primeiro passo para acabarmos com a violência do Estado brasileiro, já que Derrite hoje é o principal representante dessa política no Brasil.
Ato — Justiça para Ryan
Dia 07/02 (sexta-feira) às 17h
1° DP de Santos (Av. São Francisco,136)