Soldados de Israel matam mais 20 pessoas em operações em Gaza

A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou nesta quarta-feira 25 que 20 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em operações do Exército israelense no território palestino.

Ao menos seis falecidos e 30 feridos foram vítimas de “disparos israelenses contra milhares de civis que aguardavam ajuda” alimentar perto do corredor Netzarim, no centro de Gaza, disse o porta-voz da agência, Mahmud Bassal.

Questionado pela AFP, o Exército israelense informou que estava investigando o ocorrido.

As demais vítimas reportadas pela Defesa Civil foram atingidas por bombardeios israelenses contra prédios residenciais no centro e no norte do território, afirmou Bassal.

Todas as noites, milhares de palestinos se reúnem na área do corredor Netzarim para aguardar a abertura dos pontos de distribuição de ajuda, mas as operações frequentemente resultam em cenas caóticas.

Na terça-feira, no mesmo setor, a Defesa Civil de Gaza denunciou as mortes de 46 pessoas por disparos israelenses enquanto aguardavam por ajuda humanitária.

A Fundação Humanitária de Gaza, um organismo de financiamento opaco apoiado por Estados Unidos e Israel, administra quatro centros de distribuição de alimentos na Faixa de Gaza.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos declarou na terça-feira que usar alimentos como uma arma “é um crime de guerra” e instou o Exército israelense a “parar de atirar contra pessoas que tentam obter ajuda”.

Israel suspendeu parcialmente no final de maio o bloqueio total da ajuda humanitária para Gaza que havia sido imposto mais de dois meses antes e que provocou uma grave escassez de alimentos, medicamentos e outros produtos essenciais.

A guerra em Gaza começou com o ataque do movimento islamista palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, que matou 1.219 pessoas, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.

A campanha militar israelense no território palestino matou mais de 56 mil palestinos, segundo os dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU.

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