Sisi condena agressões israelenses ao Líbano e reforça compromisso com a defesa da autodeterminação no Oriente Médio
Em um cenário internacional marcado por intervenções imperialistas e violações sistemáticas da soberania nacional, o recente encontro entre os presidentes Abdel-Fattah al-Sisi, do Egito, e Joseph Aoun, do Líbano, reafirma a importância da resistência coletiva contra a dominação estrangeira na região. A reunião no Cairo não só fortaleceu os laços bilaterais entre os dois países, mas também destacou a necessidade urgente de defender a autodeterminação dos povos árabes frente às agressões israelenses e à ingerência ocidental.
O presidente Sisi foi categórico ao condenar as repetidas violações de Israel contra a soberania libanesa, exigindo a retirada imediata das forças de ocupação dos territórios libaneses. Essa posição não apenas reforça o compromisso do Egito com o direito internacional, mas também evidencia uma postura anti-imperialista coerente, que reconhece que a estabilidade regional só será alcançada quando os povos da região puderem exercer pleno controle sobre seus territórios.
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O Líbano, há décadas sob pressão militar e política de Israel, com ocupações ilegais em áreas como as Fazendas de Shebaa, precisa do apoio de nações irmãs para garantir sua integridade territorial.
O chamado de Aoun à comunidade internacional para responsabilizar Israel é justo, mas sabemos que a história demonstra que as potências ocidentais frequentemente fecham os olhos aos crimes do Estado sionista. Por isso, a solidariedade entre os países árabes, como a demonstrada pelo Egito, é fundamental.
O inabalável apoio à causa palestina
A reafirmação do apoio à Palestina pelos dois líderes é mais um passo na luta contra a limpeza étnica promovida por Israel. A esquerda revolucionária sempre compreendeu que a questão palestina não é apenas um conflito territorial, mas um símbolo da resistência contra o colonialismo moderno.
A condenação ao deslocamento forçado de palestinos e a rejeição a qualquer tentativa de normalizar a ocupação são posições que devem ser defendidas por todos os que lutam por justiça social e soberania popular.
O silêncio cúmplice das potências ocidentais diante dos crimes de guerra israelenses revela a hipocrisia da ordem internacional vigente. Enquanto os EUA e a Europa armam e financiam a máquina de guerra sionista, países como Egito e Líbano assumem a responsabilidade de ser a voz dos oprimidos.
A Síria e a necessidade de uma solução política soberana
A discussão sobre a Síria também merece destaque. Apoiar o povo sírio significa rejeitar as tentativas de desestabilização promovidas por potências estrangeiras e defender uma solução política que respeite a vontade dos sírios, sem interferências externas.
A condenação às agressões israelenses contra a Síria e a exigência da retirada de Israel dos Altos do Golã ocupados são medidas necessárias para a paz regional.
A guerra na Síria foi, em grande parte, alimentada por interesses imperialistas que buscavam fragmentar mais um Estado árabe. O apoio egípcio e libanês a um processo político soberano no país é um contraponto essencial às narrativas hegemonônicas que tentam impor governos fantoches na região.
O encontro entre Sisi e Aoun reforça a importância da unidade entre as nações do Oriente Médio contra as agressões externas. A esquerda deve estar ao lado desses governos quando eles defendem a soberania nacional e a resistência contra o imperialismo.
O Egito, sob a liderança de Sisi, tem desempenhado um papel crucial nessa luta, seja no apoio ao Líbano, na defesa da Palestina ou na busca de uma solução justa para a Síria.
A verdadeira paz na região só virá quando os povos árabes puderem decidir seus próprios destinos, livres da ocupação e da dominação estrangeira.
E isso exige solidariedade internacionalista, denúncia do sionismo e do imperialismo, e apoio às iniciativas que fortaleçam a autonomia dos países do Sul Global. A soberania do Oriente Médio não é negociável.