O plano de Donald Trump de expulsão em massa de imigrantes dos Estados Unidos aterroriza os estrangeiros do país, em meio às notícias de que ainda hoje, terça-feira (21), o setor de Imigração e Alfândega dos EUA começou os “ataques migratórios em larga escala”.

A informação foi divulgada pelo The Wall Street Journal, na tarde de hoje. O mesmo jornal havia divulgado um plano do policial americano e novo chefe de imigração da segunda era Trump, conhecido como “Czar das Fronteiras”, Tom Homan, de convocar 200 agentes policiais para as prisões em massa de imigrantes que teriam início hoje e durariam aproximadamente uma semana.

E o próprio chefe da Imigração confirmou o plano: “Cada escritório do ICE (Imigração e Alfândega dos EUA) estará nas ruas aplicando a lei a partir de amanhã de manhã.”

São planejadas centenas de deportações e prisões de imigrantes nesta semana, após o novo presidente Donald Trump assinar decretos para a expulsão dos estrangeiros. Serão buscados imigrantes que tenham alguma passagem pela polícia ou que simplesmente não estejam carregando o seu visto adequadamente.

Espera-se que as principais cidades onde a polícia alfandegária dos EUA irá atuar são as chamadas “cidade-santuário”, como diversas cidades da Califórnia, além de Chicago, New Orleans, entre outras, conhecidas por receber estrangeiros e onde governos locais progressistas adotam políticas de boa recepção aos imigrantes.

Uma das medidas assinadas por Trump que mais vem chamando a atenção de organismos internacionais e de proteção aos direitos humanos foi o bloqueio da cidadania por direito de nascença.

O texto assinado nesta segunda-feira à noite impede o direito a crianças nascidas nos EUA, filhos de imigrantes, de serem consideradas cidadãs norte-americanas.

Logo nas primeiras horas, a medida já enfrentou amplas reações jurídicas. Isso porque o direito está consagrado na 14ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos. E a ordem questiona a 14ª Emenda.

Como reação, 18 estados, além do Distrito de Columbia e São Francisco, entraram com ações judiciais federais para bloquear a ordem de Trump. Os procuradores-gerais destes estados alegam a inconstitucionalidade da medida do novo presidente.

“O presidente não pode, com um golpe de caneta, anular a 14ª Emenda, ponto final”, resumiu o procurador de Nova Jersey, Matt Platkin.

“Não há debate legal legítimo sobre essa questão. Mas o fato de Trump estar completamente errado não o impedirá de praticar danos sérios imediatamente a famílias americanas como a minha”, falou o procurador-geral de Connecticut, William Tong, que é um cidadão americano por direito.

Além dos procuradores-gerais, diversos grupos de direitos dos imigrantes também ingressaram com uma ação judicial para impedir a ordem de Trump. Uma delas foi protocolada no Tribunal Federal de New Hampshire, assinada por organizações de New Hampshire, Maine e Massachusetts.

Com informações da Associated Press e do The Wall Street Journal

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Last Update: 21/01/2025