Foi confirmado pelo Secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Thompson, que o país está agindo em parceria com as Forças Democráticas Sírias (SDF) que vem sendo liderada pelos curdos, um dos principais fundamentos em meio ao conflito com o Estado Islâmico.

De acordo com a declaração dada por Thompson, no Japão, nesta quarta-feira (11), os EUA estavam monitorando os ataques que os curdos vem sofrendo dos combatentes apoiados pela Turquia, e avalia a situação atual como “muito dinâmica” na Síria.

“Trabalhamos com a SDF por algum tempo e isso continua(…) Temos um bom relacionamento com eles e acredito que continuará assim”, contou.

Já na última terça-feira (10) um dos comandantes das SDF afirmou que as tropas apenas concordaram em deixar a cidade de Manbij, no norte da Síria, e fronteira com a Turquia, após o acordo de cessar-fogo ter sido anunciado com a mediação dos EUA. Porém, ele acrescenta que mesmo com essa medida, os combatentes das forças continuaram com a “resistência” na cidade.

Essa declaração foi dada apenas depois que o diretor de uma represa crítica de Manbij fez uma acusação contra a Turquia, de que teriam realizado um ataque à instalação, a mesma responsável por ter cortado a energia da região. O que fez com que levantasse grandes preocupações de um possível colapso.

As Forças Democráticas Sírias alegaram que o Exército Livre da Síria (FSA) lançou diversos drones com o apoio da Turquia, contra uma das vilas curdas da região na Síria, matando pelo menos dois civis, um deles, sendo uma criança.

Saiba quais grupos armados operam e controlam regiões na Síria:

  • Forças Democráticas Sírias – SDF
  • Exército Livre da Síria – FSA
  • Hayat Tahrir al-Sham -HTS
  • Exército Nacional Sírio – SNA (apoiado pela Turquia, que incorpora dezenas de facções com várias ideologias)

Entenda o conflito na Síria:

Tudo se potencializou em 8 de dezembro, após a queda da família Assad no país, após 50 anos no poder da Síria, um grupo de rebeldes tomaram Damasco. Bashar al-Assad, agora ex-presidente, fugiu do país e se asilou em Moscou.

A guerra civil da Síria que já vem acontecendo desde o ano de 2011, quando o regime de Assad reprimiu uma revolta pró-democracia, foi quando o país se submergiu no grande conflito em meio aos ataques do grupo rebelde, também conhecido como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo na época.

Vale ressaltar que diante disso, o Estado Islâmico, considerado como outro grupo rebelde e terrorista conseguiu se firmar no país após conquistar cerca de 70% do território sírio.

A guerra e combate foi se intensificando cada vez mais conforme outras potências chegavam à região, entre elas: a Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos e a Rússia, que ao se juntarem, formaram uma espécie de “guerra por procuração”.

De acordo com informações da CNN Brasil, enquanto a Rússia se aliou a Assad para combater o Estado Islâmico e os demais extremistas, os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

Segundo um levantamento realizado pela ONU, mais de 30 mil civis vieram a óbito dentre os últimos 13 anos de conflito, milhões de pessoas também precisaram ser deslocadas de suas casas.

Em 2020, foi aceito o acordo de cessar-fogo, foi aí que aparentemente a guerra seria “adormecida”, mas ainda aconteceram outros pequenos embates entre os rebeldes e o regime de Assad dentro desses últimos anos.

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Last Update: 11/12/2024