Ele gosta de manter um perfil discreto. No entanto, Sir Trevor Chinn é, na prática, um dos homens mais poderosos da política britânica. Empresário aposentado, Chinn doou milhões de libras a políticos, facilitou a ascensão do atual primeiro-ministro Keir Starmer, ajudou a destruir o movimento liderado por Jeremy Corbyn e, acima de tudo, assegurou que ambos os principais partidos britânicos – Trabalhista e Conservador – mantenham um apoio irrestrito a “Israel” e ao seu projeto colonialista no Oriente Médio.
O homem de “Israel”
Em novembro de 2023, o presidente israelense Isaac Herzog concedeu pessoalmente a Chinn a Medalha de Honra de “Israel”, em reconhecimento aos seus “serviços prestados ao Estado de Israel e ao povo judeu”. No discurso, Herzog destacou que aquele tinha sido “o ano mais difícil desde a fundação do Estado”, mas enfatizou que seu país era extremamente afortunado por contar com “grandes amigos e apoiadores ao redor do mundo que lutam ao nosso lado contra o antissemitismo, defendem o nome de “Israel”na imprensa internacional e trabalham incessantemente para garantir o lugar de “Israel” entre as nações”.
Chinn tem uma longa trajetória de promoção dos interesses israelenses no Reino Unido e além. Em 2005, atuando como copresidente do Conselho Empresarial Reino Unido-“Israel”, liderou uma delegação a Tel Aviv para participar da Conferência de Exportação e Cooperação Internacional promovida pelo então primeiro-ministro Ariel Sharon — uma tentativa de reaquecer a economia israelense após três anos de estagnação provocada pela Segunda Intifada palestina.
Em 2018, Chinn foi o principal organizador de uma cerimônia em homenagem ao ex-presidente israelense Chaim Herzog, realizada na exclusiva Spencer House, em Londres. O evento reuniu algumas das figuras mais poderosas da política britânica, incluindo o ex-primeiro-ministro Tony Blair. Herzog, que foi oficial das forças armadas israelenses durante a Nakba — a limpeza étnica de mais de 750 mil palestinos para a criação do Estado de Israel —, foi celebrado como um “guerreiro” e um “estadista”.
Por décadas, Chinn presidiu a United Jewish Israel Appeal (UJIA), uma organização que visa aprofundar as conexões da comunidade judaica britânica com “Israel”. Sob sua liderança, a entidade arrecadou milhões de libras para financiar programas que levam judeus britânicos, especialmente jovens, em viagens gratuitas à Palestina ocupada. Apenas em um evento realizado em 2023 no Palácio de Kensington, foram levantados mais de 1 milhão de libras (cerca de 1,36 milhão de dólares). A cerimônia contou com a presença do ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett, que não poupou elogios ao trabalho de Chinn.
Mas os vínculos de Chinn com “Israel” vão muito além de atividades culturais e econômicas. Em outubro do mesmo ano, no auge do massacre israelense em Gaza, o magnata, então com 89 anos, reuniu-se discretamente com representantes do Ministério das Relações Exteriores britânico para discutir… exportações de armas para “Israel”. Oficialmente, o governo afirmou que se tratava apenas de uma “conversa sobre geopolítica com um empresário”. No entanto, documentos obtidos pelo jornalista investigativo John McEvoy revelaram que o verdadeiro objetivo da reunião era muito menos inocente.
Bancando o gabinete britânico
McEvoy declarou ao MintPress News que Chinn exerce um papel crucial — e muitas vezes ignorado — na política britânica. Desde a década de 1980, ele financia os Labour Friends of “Israel” (LFI — Amigos Trabalhistas de “Israel”) e os Conservative Friends of “Israel” (CFI — Amigos Conservadores de”Israel”), os principais grupos de lobby sionista dentro dos dois maiores partidos britânicos. Além disso, ocupou assento no comitê executivo do Britain “Israel” Communications and Research Centre (BICOM), a mais poderosa organização de lobby pró-“Israel” no Reino Unido.
“As análises quantitativas dessas atividades são reveladoras”, afirma McEvoy. Ele detalha:
“80% dos deputados do Partido Conservador são membros do CFI e, entre 2012 e 2022, o grupo financiou mais viagens internacionais de parlamentares britânicos do que qualquer outro doador. No último ano, o LFI contou com cerca de 75 deputados como apoiadores, enquanto 32 parlamentares trabalhistas receberam financiamento do grupo. Por sua vez, o BICOM patrocinou dezenas de viagens de jornalistas britânicos para Tel Aviv desde o início dos anos 2000.”
Na prática, Chinn ocupa o comando de uma gigantesca operação de influência política, cujo objetivo é garantir que a Grã-Bretanha permaneça alinhada com os interesses do Estado sionista. A escala dessa operação é simplesmente estarrecedora: os grupos de lobby pró-“Israel” financiaram mais da metade do atual gabinete britânico. Segundo a investigação conduzida por McEvoy, 13 dos 25 ministros do governo aceitaram dinheiro diretamente de Chinn ou de entidades ligadas ao lobby sionista.
Entre os beneficiados estão algumas das figuras mais poderosas da política britânica, como o atual Secretário de Relações Exteriores, David Lammy; a Secretária do Interior, Yvette Cooper; e o Secretário de Saúde, Wes Streeting. Todos receberam doações vultosas de Chinn, que, ao longo dos anos, repassou centenas de milhares de libras diretamente a esses e outros políticos.
Mas, sem dúvida, o principal destinatário da generosidade de Chinn é o atual primeiro-ministro Keir Starmer. Em 2020, durante sua campanha para se tornar líder do Partido Trabalhista, Starmer recebeu £50.000 (cerca de 68 mil dólares) diretamente de Chinn. Curiosamente, a doação só foi registrada cinco dias após sua eleição como líder do partido.
Não demorou muito para que esse financiamento se traduzisse em uma guinada política. Até 2019, Starmer era membro do grupo Labour Friends of Palestine and the Middle East (Amigos Trabalhistas da Palestina e do Oriente Médio) e se comprometia publicamente a “colocar os direitos humanos no centro da política externa britânica”. No entanto, poucas semanas depois de embolsar o dinheiro de Chinn, ele declarou publicamente:
“Apoio o sionismo, sem qualquer restrição.”
O governo Starmer tem demonstrado lealdade total a “Israel”. Além de enviar armas e fornecer apoio logístico a partir de bases britânicas no Chipre, também reprimiu manifestações pró-Palestina em território britânico e atuou para defender “Israel” em organismos internacionais como a ONU. Em 2021, o gabinete de Starmer chegou ao cúmulo de contratar Assaf Kaplan — ex-oficial de inteligência da unidade cibernética das Forças de Defesa de “Israel” — para realizar atividades de monitoramento e espionagem digital dentro do próprio Partido Trabalhista. O nome da operação? “Escuta social”.
O rapper, ativista e apresentador do programa The Watchdog no MintPress, Lowkey, que há anos denuncia as ações do lobby sionista no Reino Unido, resume assim o papel de Chinn:
“Trevor Chinn é uma figura chave do movimento sionista neste país. Ele é o principal veículo pelo qual o lobby de Israel financia as figuras políticas centrais, como Keir Starmer e David Lammy, estendendo, assim, a influência de “Israel” sobre tudo o que acontece na política britânica.”
Moldando o Partido Trabalhista
A influência de Trevor Chinn não se limita aos dias atuais. Seu dinheiro foi essencial para viabilizar a transformação do Partido Trabalhista britânico sob a liderança de Tony Blair. Blair foi a principal força por trás do abandono das raízes social-democratas do partido e da sua conversão ao neoliberalismo e à subordinação aos interesses do grande capital e do imperialismo.
De acordo com uma reportagem publicada pelo The Independent em 1996, Chinn foi um dos vários megadoadores do Partido Trabalhista que contribuíram, cada um, com cerca de £500.000 (meio milhão de libras) para financiar o projeto político do “Blairismo” e garantir seu sucesso eleitoral.
Essa guinada não se restringiu à política econômica. As tradicionais posições anti-imperialistas e críticas a “Israel”, que historicamente caracterizavam parte da base trabalhista, também foram varridas. Como registrou, na época, o então presidente dos Labour Friends of “Israel”, Barão Mendelsohn:
“Blair atacou o anti-sionismo que existia dentro do Partido Trabalhista. O velho Labour era como aqueles filmes de cowboys e índios, sempre escolhendo os oprimidos para apoiar. Mas isso mudou. No Novo Labour, o sionismo está profundamente enraizado. É natural que Blair participe das reuniões dos Amigos Trabalhistas de “Israel”.”
De fato, até hoje Blair mantém um relacionamento estreito com o Estado de “Israel”. Ele é patrono do Jewish National Fund (JNF), o Fundo Nacional Judaico — uma das organizações centrais do apartheid israelense, responsável pela construção de assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada. Sua esposa, Cherie Blair, por sua vez, atuou como consultora da NSO Group, a empresa israelense responsável pelo desenvolvimento do software espião Pegasus, utilizado para vigiar jornalistas, militantes, chefes de Estado e defensores dos direitos humanos no mundo inteiro.
Desde os tempos de Blair, Chinn continuou financiando figuras centrais do Partido Trabalhista. A única exceção relevante foi durante os anos em que Jeremy Corbyn esteve à frente do partido, entre 2015 e 2020. Corbyn, defensor histórico do Estado palestino, foi eleito líder do Labour de maneira surpreendente, em uma vitória esmagadora, com apoio massivo das bases.
Sua ascensão provocou pânico nas estruturas do partido, especialmente entre os setores ligados ao sionismo e ao imperialismo britânico. Imediatamente, dirigentes trabalhistas e figuras do establishment começaram a conspirar para derrubá-lo. Essa ofensiva contou diretamente com o dinheiro, as conexões e a influência de Chinn.
Chinn financiou o Labour Together, um think tank formado por quadros da ala direita do Partido Trabalhista, cujo objetivo declarado era “derrotar o Corbynismo” e “reconquistar o Labour da esquerda”. Além disso, financiou diretamente as campanhas de figuras anti-Corbyn, como Owen Smith, Ruth Smeeth e o então vice-líder do partido, Tom Watson.
Jeremy Corbyn foi alvo de uma campanha de difamação sem precedentes. Acusações falsas de “antissemitismo” eram repetidas diariamente pela imprensa e por parlamentares, com o objetivo de deslegitimar seu projeto político e destruir sua imagem pública. A campanha foi orquestrada em conjunto por setores da imprensa, do establishment político britânico e das organizações sionistas.
Mas não foi só Corbyn que esteve na mira. O Labour Together também mirou imprensas independentes que apoiavam a esquerda trabalhista. Um dos principais alvos foi The Canary, um portal de notícias progressista que, em pouco tempo, alcançou a marca de 8,5 milhões de leitores mensais.
Os dirigentes do Labour Together elaboraram um plano que, segundo eles próprios, visava “matar o Canary”. Para isso, lançaram uma falsa campanha intitulada “Stop Funding Fake News”, alegando que o portal divulgava conteúdos antissemitas — uma acusação completamente infundada, mas extremamente eficaz do ponto de vista político. A campanha pressionou anunciantes e empresas a retirarem seus patrocínios da plataforma, o que provocou um duro golpe financeiro e reduziu significativamente seu alcance.
Assim como ocorreu com Corbyn, as alegações de antissemitismo contra The Canary eram pura ficção, usadas como arma de guerra política para destruir qualquer voz que se opusesse ao sionismo e ao imperialismo.
Um oligarca de oportunidades: financiando também os conservadores
Trevor Chinn, no entanto, nunca foi um doador exclusivamente vinculado ao Partido Trabalhista. Pelo contrário, é um financiador estratégico e pragmático, que apoia qualquer partido ou político disposto a defender os interesses de “Israel”.
Além de ser um dos principais mecenas dos Labour Friends of Israel, Chinn é igualmente um grande financiador dos Conservative Friends of “Israel” (CFI), o braço do lobby sionista dentro do Partido Conservador. E, segundo os dados, o CFI é, na verdade, ainda mais influente do que sua contraparte trabalhista.
Informações públicas revelam que o CFI financiou pelo menos 118 deputados conservadores para viagens a “Israel”, em um total de 160 viagens, bancando mais de £330.000 (cerca de 450 mil dólares) apenas para esses deslocamentos. Cerca de 80% dos deputados conservadores são membros do Conservative Friends of “Israel”.
O poder que o CFI exerce nos bastidores da política britânica é tão grande que foi capaz de vetar nomeações ministeriais. Um episódio notório ocorreu durante o governo Boris Johnson. O então primeiro-ministro pretendia nomear Alan Duncan para o cargo de Ministro do Oriente Médio. No entanto, a oposição do CFI inviabilizou a indicação.
Em suas memórias, Duncan relata que sua exclusão se deu por “uma única razão”: seu compromisso com os direitos do povo palestino. Boris Johnson ficou, segundo relatos, profundamente indignado. Teria declarado:
“Eles [os israelenses] não deveriam se comportar assim. O CFI e os israelenses acham que controlam o Ministério das Relações Exteriores. E, na verdade, eles controlam mesmo!”
Duncan não hesitou em descrever essa penetração do lobby israelense na política britânica como uma forma de “espionagem entrincheirada”, um risco real à segurança nacional do Reino Unido.
Mas os esforços de Trevor Chinn para manipular a política britânica em favor de “Israel” não começaram ontem. Na década de 1990, ele já exercia pressão sobre o governo conservador de John Major (1990–1997) em assuntos relacionados ao Oriente Médio.
Em um memorando interno do Ministério das Relações Exteriores, um funcionário descreveu Chinn em 1991 como:
“Um defensor ferrenho da causa israelense, de forma alguma uma pomba… Minha impressão é que ele não possui nenhuma sensibilidade sutil sobre a cena política de “Israel”.”
O objetivo central de toda a atuação de Chinn — seja por meio de doações, de reuniões privadas, de viagens financiadas ou de articulações com a mídia — é muito claro: convencer políticos e jornalistas de que apoiar “Israel” é de seu interesse pessoal e político.
Segundo McEvoy, Chinn e o lobby sionista operam utilizando a clássica tática da “cenoura e do porrete”: recompensam os aliados leais com viagens luxuosas, doações generosas e cobertura de imprensa favorável, enquanto punem duramente qualquer um que questione ou se oponha aos interesses de “Israel”, seja cortando verbas, lançando campanhas de difamação ou promovendo boicotes políticos.
O jornalista resume:
“Embora muitos parlamentares britânicos sejam sionistas convictos e nem precisem ser persuadidos, a estratégia da cenoura e do porrete exerce um efeito disciplinador essencial sobre aqueles que são ambíguos ou que poderiam se calar. E isso representa uma parte significativa do parlamento, dado o nível de carreirismo e covardia que existe em Westminster.”
A origem da fortuna de Sir Trevor Chinn
Sir Trevor Chinn está longe de ser um homem “feito por si mesmo”. Ele herdou sua fortuna e seu poder de seu pai, Rosser Chinn, dono da gigante do setor automotivo Lex Services, hoje conhecida como Royal Automobile Club (RAC). Além de seu império empresarial, Rosser também ocupou um cargo de destaque no sionismo internacional, sendo presidente do Fundo Nacional Judaico (JNF) — a entidade responsável pela aquisição e roubo de terras palestinas para o projeto colonial sionista.
Seguindo os passos do pai, Trevor atuou como CEO da RAC e, posteriormente, presidiu duas de suas principais concorrentes: a Automobile Association (AA) e a Kwik Fit. Desde 1973, é presidente da United Jewish “Israel” Appeal (UJIA) e, ao longo de sua vida, acumulou cargos de liderança nas mais importantes instituições sionistas do Reino Unido, como o Britain “Israel” Communications and Research Centre (BICOM) e o Jewish Leadership Council. Também atuou como membro do conselho de administração da Universidade de Tel Aviv.
Em 2023, o próprio BICOM — organização do qual Chinn é dirigente — liderou uma campanha para remover a música do rapper e ativista Lowkey da plataforma de streaming Spotify, alegando que suas canções continham “teorias da conspiração antissemitas”. A tentativa, no entanto, fracassou graças à reação massiva de apoio a Lowkey, tanto do público quanto de grandes nomes da indústria musical.
O próprio Lowkey declarou na época:
“Naquele momento, fui identificado como um alvo principal. Mas nós os derrotamos — graças ao MintPress, à Electronic Intifada e a todas as pessoas incríveis que me apoiaram. Isso só mostra que esses grupos de lobby só são realmente poderosos quando não são desafiados.”
Uma operação de censura na qual Chinn obteve mais sucesso ocorreu em 2014, durante a Operação Borda Protetora, quando “Israel” bombardeou Gaza, matando mais de 2 mil palestinos. Naquele ano, o Tricycle Theatre, um centro cultural no norte de Londres, recusou-se a sediar o Festival de Cinema Judaico do Reino Unido, após descobrir que o evento estava sendo patrocinado diretamente pela Embaixada de “Israel”.
A decisão gerou uma reação furiosa de Chinn, que imediatamente ameaçou retirar todo o financiamento do teatro caso ele não voltasse atrás. Chinn declarou:
“Estamos, como comunidade, sob pressão do movimento de boicote. Não podemos aceitar boicotes, e sempre que surge um, temos que combatê-lo.”
O Tricycle acabou cedendo após ser pressionado diretamente pelo então Ministro da Cultura, Sajid Javid, ele próprio membro dos Conservative Friends of “Israel”, que deixou bem claro o que poderia acontecer com o financiamento do teatro caso a decisão não fosse revertida.
A defesa pela Palestina continua a crescer
Apesar de todo o seu dinheiro, sua influência política e seu poder nos bastidores, Chinn e seus aliados não conseguiram conter o crescimento da solidariedade ao povo palestino no Reino Unido e no mundo.
Em novembro de 2023, mais de um milhão de pessoas ocuparam as ruas de Londres, exigindo um cessar-fogo em Gaza e o fim do genocídio praticado por “Israel”.
E o movimento não parou por aí. Pesquisas recentes revelam que o apoio popular à Palestina no Reino Unido nunca foi tão alto. Uma sondagem feita pelo instituto YouGov revelou que 32% dos britânicos apoiam a Palestina, contra apenas 14% que apoiam “Israel”. Apenas 17% da população britânica tem uma opinião positiva sobre “Israel” (incluindo míseros 4% que afirmam ter uma opinião “muito positiva”). Por outro lado, 63% dizem ter uma visão negativa do Estado sionista, sendo que 39% classificam sua visão como “muito negativa”.
A mesma pesquisa mostra que a esmagadora maioria da população britânica defende um embargo de armas contra “Israel”, com apenas 13% se opondo a essa medida.
Pior (para “Israel”): esses números estão entre os mais favoráveis a Tel Aviv na Europa — ou seja, em países como Espanha, Irlanda, Escócia, Noruega e Bélgica, o apoio à Palestina é ainda maior.
Diante disso, tanto os governos Conservador quanto Trabalhista recorreram à repressão pura e simples: criminalizaram manifestações, perseguiram e prenderam manifestantes, censuraram jornalistas pró-Palestina e tentaram calar qualquer voz que denunciasse o genocídio em Gaza.
O quanto Chinn influenciou diretamente essas medidas é uma questão em aberto. No entanto, o que é absolutamente certo — e indiscutível — é que ele e sua rede de organizações sionistas são uma peça-chave no funcionamento do regime de apartheid israelense e na perpetuação do colonialismo e do genocídio na Palestina.
.