Na última segunda-feira (26), apoiadores da ditadura sionista mais à direita invadiram o complexo da Mesquita de Al-Aqsa e uma sede da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), durante a marcha do “Dia de Jerusalém”, que celebra a ocupação de Jerusalém Oriental em 1967. Grupos de colonos, gritando “Morte aos árabes” e “que sua vila queime”, atacaram lojas e transeuntes palestinos na Cidade Velha, informou a rede catarense Al Jazeera.
A marcha, protegida por milhares de policiais armados, incluiu figuras como o ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, que gravou um vídeo em Al-Aqsa, terceiro local mais sagrado do Islã, declarando: “rezei pela vitória na guerra, pelo retorno dos reféns e pelo sucesso do novo chefe do Shin Bet, David Zini”. Ben-Gvir, acompanhado pelos deputados Yitzhak Vaserlauf e Yitzhak Kreuzer, é conhecido por provocações no complexo, onde apenas muçulmanos podem orar, conforme o Waqf islâmico, gerido pela Jordânia. O Waqf condenou as “atividades provocativas” e pediu sua interrupção.
Cerca de 2 mil colonos participaram, muitos de assentamentos ilegais na Cisjordânia, conforme o direito internacional. Um grupo, incluindo a deputada Yulia Malinovsky, invadiu a sede da UNRWA em Jerusalém Oriental, escalando o portão sob vista da polícia. “Israel” baniu a UNRWA de operar em territórios ocupados, afetando sua ajuda humanitária em Gaza.
Segundo a rede britânica BBC, a agência atende 5,9 milhões de palestinos desde 1949. A repórter Nida Ibrahim, da Al Jazeera, relatou ataques a lojas palestinas: “vídeos mostram cidadãos de ‘Israel’ jogando objetos e agredindo comerciantes”.