O Sintaema esteve em reunião com o Ministério Público do Trabalho (MPT) em São Paulo para denunciar o pacote de ataques da Sabesp privatizada contra seus trabalhadores e trabalhadoras. A principal denúncia apresentada foi o chamado “PDV Dirigido”, que na prática não passa de um Plano de Demissão Obrigatória (PDO), usado para forçar saídas em massa da empresa.

Segundo o presidente do Sindicato, José Faggian, o clima imposto pela Sabesp é de terror psicológico: ou o trabalhador adere ao programa, ou é perseguido e colocado contra a parede. “Não é um Plano de Demissão Voluntária. Isso é assédio coletivo e uma política de demissão forçada”, afirmou.

Além do PDO, o Sindicato apresentou uma série de denúncias:

  • Assédio e pressão sistemática sobre trabalhadores para aderirem às demissões;
  • Mortes e acidentes graves entre terceirizados, fruto da negligência da Sabesp em fiscalizar contratos;
  • Descumprimento de acordos nas Estações de Tratamento de Água, que seguem sem operadores volantes para cobrir rendição no horário de almoço;
  • Risco permanente de adoecimento mental diante da onda de insegurança, assédio e precarização.

O Sintaema lembrou que essa política de desmonte é resultado direto da privatização e que não se trata de gestão ineficiente, mas de um projeto para abrir espaço ao lucro dos acionistas em cima da demissão e do sofrimento da categoria.

 

O superintendente do Ministério do Trabalho em São Paulo, Marcus Alves Mello, reconheceu a gravidade da situação e informou que o MPT vai acionar a Sabesp sobre as denúncias de assédio para adesão ao PDO, além de reforçar a fiscalização com 300 novos auditores a partir de 2026.

Para o Sintaema, a reunião reforçou a importância da atuação do MPT, mesmo após anos de enfraquecimento do órgão nos governos Temer e Bolsonaro. “Cada denúncia apresentada é prova de que a luta organizada é a única saída contra a violência patronal da Sabesp privatizada. E nós não vamos recuar”, concluiu Faggian.

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Last Update: 21/08/2025