Na manhã desta sexta (23), o Sintaema se reuniu com representantes da Sabesp para cobrar providências urgentes diante da situação alarmante de insegurança nas unidades da empresa, tanto na capital quanto no interior.
Leia também – Operação Pente-fino do Sintaema na ETA Tatuí flagra abandono e risco de acidente
A gota d’água veio com uma denúncia gravíssima recebida pelo Sindicato: trabalhadores foram vítimas de sequestro e roubo em unidade da Sabesp, na Zona Sul de São Paulo. Um caso extremo, mas que escancara o descaso com a segurança dos profissionais da empresa.
A operação pente-fino do Sintaema, que percorre diversas unidades, vem constatando um cenário inaceitável:
- Falta de iluminação em áreas operacionais;
- Prédios em situação crítica e com risco claro de desmoronamento;
- Unidades sem portaria, sem vigilância, sem muros ou sistemas de segurança adequados;
- Áreas tomadas pelo mato e com claro abandono;
- Trabalhadores e trabalhadoras sendo assaltados durante o serviço – situação que estamos denunciando há meses;
- Remanejamento de setor sem qualquer aviso prévio, violando direitos e desorganizando a rotina de vida de quem trabalha;
- Corte da vigilância patrimonial, deixando equipamentos e pessoas vulneráveis.
Leia também – Abandono e insegurança na ETE Casa Grande: Sintaema segue com Operação ‘Pente-fino’
Um completo caos. O Sintaema já alertou a empresa em diversas ocasiões e agora exige ações concretas. O que está em jogo não são apenas estruturas físicas, mas vidas humanas.
Após pressão do Sintaema, a Sabesp indicou que estão em curso as seguintes medidas:
- Implantação de sistema de segurança patrimonial em desenvolvimento;
- Instalação de 1000 pontos de câmeras de segurança; hoje há apenas 100 pontos funcionando;
- Fechamento da portaria da Av. dos Estados, no Complexo da Ponte, por “questão de segurança”;
- Contratação de novas empresas de segurança;
- Instalação de leitura facial e de placas de veículos nas áreas operacionais;
- Parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Estado;
- Solicitação para que todas as ocorrências de insegurança sejam oficialmente registradas, como base para “ações futuras”.
Mobilização segue permanente
O Sintaema irá acompanhar o caso e se a Sabesp não resolver a situação, o Sintaema irá acionar o Ministério Público e outros órgãos de fiscalização, exigindo responsabilização e medidas imediatas. “Não aceitaremos que os trabalhadores e trabalhadoras sejam tratados com tamanho descaso!”, afirma a direção do Sindicato.
“Estamos falando de gente que acorda cedo, que garante o funcionamento da água e do esgoto nas cidades, e que está sendo deixada à própria sorte. A Sabesp precisa responder por isso”, avisa o Sintaema.
Segurança é direito. Respeito é obrigação. E o Sintaema vai à luta até que esse quadro mude!