O Sintaema se soma à mobilização e luta dos profissionais da educação da rede municipal de São Paulo, representados pelo Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), SEDIN e SINESP. A categoria segue em greve contra o reajuste rebaixado proposto pela Prefeitura de Ricardo Nunes e em defesa da valorização da carreira, de melhores condições de trabalho e de uma educação pública, estatal e de qualidade.
Em assembleia realizada nesta quarta (16), a categoria decidiu manter a greve e intensificar as ações de mobilização. A próxima manifestação já está marcada: será na terça, dia 22 de abril, às 11h, em frente à Prefeitura, com caminhada até a Câmara Municipal.
O movimento é uma resposta ao Projeto de Lei nº 416/2025, enviado sem diálogo pelo Executivo, que prevê reajuste de apenas 2,6% em 2025 e 2,55% em 2026, além de mudanças que atingem diretamente a estrutura salarial e as condições de trabalho dos educadores.
“A decisão de entrar em greve não foi tomada de forma precipitada. Foi fruto de um longo processo de escuta e construção coletiva com os trabalhadores e trabalhadoras da educação. A proposta enviada pela Prefeitura, sem diálogo, com reajuste rebaixado e manutenção de cortes profundos, é um desrespeito à categoria que carrega nas costas a responsabilidade por uma educação pública de qualidade”, afirmou o Cláudio Fonseca, presidente do Sinpeem.
Segundo o dirigente, a categoria segue firme e mobilizada contra os desmandos de Numes. “Estamos falando de um governo que reduz salários de professores readaptados, impõe confisco previdenciário e ignora demandas urgentes como infraestrutura escolar, saúde do trabalhador e valorização real das carreiras. Por tudo isso, a resposta foi firme: greve unificada, com forte adesão e determinação. A educação exige respeito, e vamos manter nossa mobilização até que nossos direitos sejam ouvidos e atendidos”, defende o presidente do Sinpeem.
A pressão da categoria já gerou resultado!
Graças à mobilização, o projeto não foi votado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, após pedido de vistas feito pela vereadora Silvia da Bancada Feminista.
É uma vitória parcial que reforça a importância da luta coletiva.
Repressão não vai calar a categoria!
Mesmo com a liminar da Justiça determinando funcionamento das escolas com 70% dos profissionais e ameaça de multa diária de R$ 10 mil aos sindicatos, os educadores seguem firmes, denunciando a falta de diálogo da gestão municipal e a tentativa de desmobilizar o movimento por meio da judicialização da greve.
Entre os principais pontos da pauta de reivindicações estão:
- Aumento real de 44% para incorporação de abonos;
- Valorização salarial e das carreiras;
- Infraestrutura digna nas escolas;
- Fim das terceirizações;
- Redução da jornada e do número de alunos por sala;
- Revogação de leis que retiram direitos;
- Investimento em saúde, segurança e educação especial;
- Contra o confisco previdenciário;
- Não à remuneração por subsídio;
- Não ao fechamento da EJA.
O Sintaema reafirma seu apoio incondicional à greve e à pauta dos profissionais da Educação, reconhecendo a importância da luta como parte essencial da defesa dos serviços públicos e dos direitos da classe trabalhadora.
Toda solidariedade à luta da educação! Nenhum direito a menos!