Os 30 anos do Sindsefaz (veja mais informações aqui) coroa uma história de união, conquistas e resistência. Foi um período marcado por lutas decisivas, conquistas estruturais e resistência permanente em defesa das carreiras fazendárias e do serviço público baiano. Criado em 1996, a partir da união entre o Sindifisco e o Sindifaz, o Sindicato nasceu em um período de profundas transformações políticas e administrativas no Estado e no país, uma época em que os fazendários enfrentavam ataques diretos aos seus direitos e às condições de trabalho.
Em fevereiro de 1996 as duas entidades — Sindifaz e Sindifisco — decidiram se unir em uma única entidade, durante um congresso estadual realizado no antigo Hotel Mar Azul, em Salvador. A fusão foi resultado de um processo de amadurecimento político e de articulação conjunta que já vinha sendo construído havia anos, para enfrentar os governos carlistas, autoritários e lesivos aos interesses da categoria.
Lideranças como Ariosvaldo Moreira, Dariel Santana, Jorge Wilton, Washington Bahia, Honorina Cerqueira, Wlamir Cruz e tantos outros companheiros e companheiras foram fundamentais para consolidar a união que mudaria a história da categoria.
Resistência
Na década de 1990, os fazendários foram duramente atingidos por medidas impostas pelo executivo. Um dos episódios mais marcantes foi o decreto que reduziu em 40% os salários do fisco (Redutor Salarial) e cortou as diárias especiais, uma medida devastadora na remuneração dos servidores. Em paralelo, instalou-se na Sefaz-BA um clima de perseguição pressão contra os servidores.
Diante desse cenário, a união tornou-se uma necessidade vital. As duas entidades passaram a realizar assembleias conjuntas, alinhar sua comunicação e unificar seus departamentos jurídicos. Aos poucos, construíram o ambiente político que permitiria a fusão. Enquanto a categoria esteve dividida, o governo avançava. Quando se uniu, ganhou força, voz e capacidade de resistência.
Desde então, o Sindsefaz se consolidou como referência na defesa das carreiras fazendárias e do interesse público. Ao longo dessas três décadas, a entidade:
• Protagonizou lutas contra reformas administrativas, previdenciária e trabalhista, que ameaçavam direitos fundamentais;
• Garantiu avanços na estrutura remuneratória e funcional das carreiras do fisco e técnica;
• Defendeu a paridade, a integralidade e a valorização dos aposentados e pensionistas;
• Instou o fortalecimento da Fazenda, denunciando carências estruturais e dialogando com governos;
• Ampliou o diálogo institucional com o Executivo, o Legislativo e a sociedade civil;
• Investiu em formação e qualificação, contribuindo para a modernização da categoria;
• Promoveu integração e solidariedade, construindo uma cultura sindical baseada na união e na consciência coletiva, fortalecendo a Fernafisco e a Fetrab;
• Produziu estudos e posicionamentos técnicos, por um sistema tributário justo, moderno e a serviço da cidadania.
Entidade classista
Trinta anos depois, seguimos mais fortes, mais conscientes e com o mesmo brilho nos olhos de quem acredita no futuro. Nem mesmo novas tentativas de divisão da nossa categoria, para atender interesses de grupos políticos e uma ideia démodé de superioridade entre cargos, conseguiu arrefecer a atuação avançada e classista do Sindsefaz.
Cada conquista do nosso sindicato – e tem sido muitas em prol de auditores, agentes e técnicos, da ativa e aposentados – carrega as vozes que nunca se calaram diante das injustiças. Somos memória viva de lutas e esperança que insiste em florescer. E enquanto houver fazendários defendendo o bem comum, o Sindsefaz continuará sendo sua casa, escudo e trincheira.
A nossa história não termina aqui. Ela começa, todos os dias, com a coragem de quem não desiste do que é justo, solidário e coletivo.