O Sindicato dos Bancários de Brasília, conjuntamente com a Fetec/CUT/CN (Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro-Norte), realizou, ao longo da semana passada, diversas manifestações em várias agências e na Regional do Banco Santander na capital federal contra a política criminosa dos banqueiros imperialistas espanhóis, em solo brasileiro, de fechamento de agências e demissão em massa de trabalhadores.

A direção do Santander está na vanguarda dos banqueiros nacionais em dar golpe contra os trabalhadores, com a transferência de setores inteiros para novas empresas com um novo CNPJ, mas que fazem parte do conglomerado do Santander.

São CNPJs de call centers ou empresas de processamento de dados, que atuam no segmento financeiro. Ou seja, estão transformando os bancários — que contam com um Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com diversos direitos conquistados pela categoria ao longo de décadas de luta, como jornada de 30 horas semanais, Participação nos Lucros e Resultados, Licença-Maternidade, Abono-Assiduidade etc. — em trabalhadores terceirizados, cujos contratos de trabalho são extremamente precarizados, com quase nenhum direito.

A manifestação em Brasília foi realizada nas agências das cidades do entorno, do Gama, do Guará e do Plano Piloto (513 Norte e Lago Norte), que, conforme anunciado pelo Santander, terão suas portas fechadas definitivamente até o próximo dia 30 de maio. Logicamente, os trabalhadores bancários lotados nessas agências estão apreensivos, já que não sabem, até o momento, qual será o desfecho de tal política. Até agora, tal atitude dos banqueiros já resultou na demissão de pelo menos três bancários que, inclusive, são trabalhadores que prestaram serviços por mais de trinta anos ao banco.

Para a diretora do Sindicato dos Bancários e funcionária do Santander, Eliza Espíndula, “estamos na semana de luta contra o Santander para denunciar os abusos de fechamento de agência, demissão em massa e contratação de forma fraudulenta”. (Site Bancários DF, 15/05/2025)

Os banqueiros declararam guerra aos trabalhadores e estão, a cada dia, aumentando os ataques aos direitos e aos empregos dos bancários. É necessário organizar uma gigantesca mobilização da categoria contra a política de miséria decretada pelos banqueiros. Não aceitar nenhuma demissão, principalmente no atual momento de crise, e exigir a readmissão de todos os bancários demitidos. Para isso, a única forma eficaz de luta neste momento, para impedir os ataques, é a intensificação das mobilizações e a organização de uma gigantesca mobilização de toda a categoria bancária.

A vitória dos trabalhadores somente poderá estar assegurada se houver uma radicalização da luta, por meio de greves vigorosas e ocupações das empresas, como medida de força para impedir as demissões, o rebaixamento salarial, as terceirizações etc.

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Last Update: 22/05/2025