Sindicalistas argentinos visitam o PT e reforçam necessidade de combate ao fascismo

Em uma ação para permitir a troca de experiências no combate ao facismo, sindicalistas da Argentina visitaram a sede do Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília. O encontrou ocorreu nesta quarta-feira (14), em um ato de intercâmbio. Os trabalhadores argentinos estão sob forte ataque do governo de Javier Milei, que é contra pautas sindicais, desmonta empresas públicas e ataca direitos essenciais dos trabalhadores, como os próprios salários de diversas categorias.

A situação atual na Argentina se assemelha ao governo autoritário de Jair Bolsonaro, que durante quatro anos, jogou o Brasil em um cenário obscuro, focado na perseguição de trabalhadores públicos e privados, tentativa de retirada de direitos historicamente conquistados e sem nenhum ganho real no salário mínimo, prejudicando milhões de trabalhadores, especialmente das famílias mais pobres.

Na Argentina, Milei segue a cartilha de Jair Bolsonaro, tentando minar a democracia, acabar com a oposição e se opor a proteção de minorias, o respeito coletivo e tentar sucatear as relações de trabalho. Os sindicalistas também visitaram a sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo.

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Luis Armesto, presidente do Centro de Assistência de Trabalho da Argentina (Ceatra), ressaltou a importância de atuar na formação política e sindical da classe trabalhadora e disse que a experiência brasileira ao derrotar Bolsonaro serve de exemplo. “O cenário político com Milei é o mesmo que vocês enfrentaram com Bolsonaro. Ocorre no mundo, com o avanço da extrema-direita. Se nós não nos organizarmos de maneira internacional, vai ser complexo derrotá-los. Tivemos uma ótima experiência ao conversar com companheiros que venceram esse problema”, disse.

Paulo Caires, secretário Nacional Sindical do PT, ressaltou que a união internacional é um dos caminhos para derrotar o fascismo no mundo. “Essa é uma experiência muito importante e rica, pois eles buscam aqui como superamos o facismo. Estamos falando que não foi fácil, que a luta continua. Mas encostando duas experiências que querem romper com o fascimo, vai facilitar nossa vida. Como derrotamos Bolsonaro aqui, é possível derrotar Milei na Argentina. Vamos à Argentina explicar como ingressamos no partido, como surgiu e como fazer essa formação política e nunca fugir da luta necessária”, disse.

Paulo destaca também que a iniciativa deve ser ampliada para outras regiões. “Propomos essa iniciativa por meio do EPTEX, que é o PT Exterior, na Espanha. Essa iniciativa surgiu lá, se popularizou e os argentinos pediram essa experiência e vamos estabelecer essa conversa de maneira permanente na Argentina e na América Latina”, disse. 

“Viemos fazer um intercâmbio de experiência política e social. Estamos de acordo com a importância da formação política e sindical entre os trabalhadores. O Centro de Assistência ao Trabalho assume o compromisso público de colaborar com o PT a nível nacional e na Argentina.

“O cenário político com Milei é o mesmo que vocês enfrentaram com Bolsonaro. Ocorre no mundo, com o avanço da extrema-direita. Se nós não nos organizarmos de maneira internacional, vai ser complexo derrotá-los. Tivemos uma ótima experiência ao conversar com companheiros que venceram esse problema”, disse.

Da Redação

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