A Polícia Federal marcou para a próxima terça-feira 25 o depoimento de Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos. A oitiva busca concluir a investigação sobre as suspeitas de que ele tenha cometido importunação sexual.
A defesa de Silvio pede que o depoimento seja prorrogado, com a alegação de não ter tido acesso a íntegra do inquérito. No começo deste mês, o ministro André Mendonça, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, deu 60 dias para a PF concluir a apuração.
Silvio Almeida ocupava, desde o início do governo Lula (PT), o cargo de ministro dos Direitos Humanos. Ele ficou no posto até setembro de 2024, quando foi exonerado após revelações de denúncias de assédio sexual e moral. Uma das vítimas seria a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial.
Segundo depoimento e entrevistas concedidas por Anielle após a revelação do caso, os episódios de assédio cometidos por Almeida duraram mais de um ano e teriam ‘escalado para um desrespeito inesperado’. Ela teria sido assediada pelo ex-ministro, inclusive, durante reuniões oficiais.
Almeida tem negado “veementemente” as acusações desde que as denúncias vieram a público. O ex-ministro tem dito que os episódios relatados são falsos e que fariam parte de um processo de disputa de poder que teria como objetivo destruir sua reputação.
