
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, tem se destacado internacionalmente por sua habilidade em negociar com o bravateiro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em meio a uma relação histórica complexa entre os dois países, Sheinbaum conseguiu adiar a imposição de tarifas estadunidenses sobre produtos mexicanos e projetar uma imagem de liderança forte e diplomática, ao mesmo tempo em que sua popularidade interna só cresce.
A habilidade de Sheinbaum em lidar com Trump tem chamado a atenção internacional, mas, internamente, sua popularidade já vinha em ascensão. Desde que assumiu o cargo em outubro, sua taxa de aprovação subiu de 70% para 85% em fevereiro, segundo pesquisa do El Financiero. Apesar de inicialmente ser vista como dependente do capital político de seu antecessor, Andrés Manuel López Obrador, Sheinbaum tem construído sua própria trajetória.
No início de fevereiro, a líder mexicana negociou com Trump o adiamento por um mês da aplicação de tarifas de 25% sobre produtos do seu país. A conversa, descrita por ela como “boa” e pelo republicano como “muito amistosa”, incluiu o envio de 10 mil agentes da Guarda Nacional do México à fronteira com os EUA para combater o tráfico de drogas.

Quando o prazo se esgotou na última terça-feira (4), a presidente anunciou que imporia tarifas retaliatórias, mas uma nova negociação suspendeu novamente as medidas.
“Nossa relação tem sido muito boa, e estamos trabalhando duro juntos”, afirmou Trump nesta quinta-feira (6), em mais um elogio público à homóloga mexicana.
Sheinbaum respondeu: “Tivemos uma excelente e respeitosa chamada”. Apesar do acordo, a presidente manteve um evento na capital para comemorar a conquista. “Vamos comemorar a conquista desse acordo e vamos convidar grupos musicais para comemorar”, disse.
Enquanto Sheinbaum recebe elogios públicos de Trump, o mesmo não ocorre, por exemplo, com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau. Sobre uma ligação com o líder canadense, Trump afirmou: “Justin Trudeau, do Canadá, me ligou para perguntar o que poderia ser feito a respeito das tarifas. Eu disse que várias pessoas morreram devido ao uso do fentanil que veio das fronteiras do Canadá e do México, e nada me convenceu de que isso havia sido interrompido”.
Ele ainda ironizou a queda de popularidade de Trudeau, que anunciou sua renúncia em janeiro: “Percebi que ele está tentando usar essa questão para permanecer no poder. Boa sorte, Justin!”.
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