O jornalista investigativo americano Seymour Hersh publicou em seu Substack uma revelação que pode redefinir o cenário geopolítico do Oriente Médio. Segundo fontes israelenses e americanas de sua confiança, uma campanha de bombardeios dos Estados Unidos contra o Irã está prevista para começar neste fim de semana.
Operação aprovada por Trump visa infraestrutura nuclear
A operação, aprovada pela administração Trump, terá como foco a infraestrutura militar e nuclear iraniana. Entre os alvos está a instalação fortificada de Fordow, onde o Irã mantém suas centrífugas mais avançadas em instalações subterrâneas.
Hersh relata que o atraso no cronograma se deve ao desejo de Trump de evitar perturbações nos mercados americanos quando as negociações abrirem na segunda-feira.
Estratégia vai além do programa nuclear
A estratégia americana e israelense transcende o objetivo de neutralizar as capacidades nucleares iranianas. O plano visa desestabilizar a liderança do país através de ataques a bases militares, delegacias de polícia e centros administrativos, esperando que essas ações incitem oposição mais ampla.
Os planejadores apostam que os ataques provocarão agitação interna suficiente para fragmentar o regime. Hersh menciona relatórios não confirmados de que o Aiatolá Khamenei pode ter deixado Teerã.
Divergências sobre o futuro do Irã pós-ataques
As revelações expõem divisões entre Washington e Tel Aviv sobre o cenário pós-conflito. Enquanto alguns círculos em Washington favorecem a instalação de uma figura religiosa moderada para liderar o país numa transição, autoridades israelenses rejeitam essa abordagem, preferindo controle político total através de um substituto leal.
Essas divergências refletem um debate sobre como deveria ser o Irã após os ataques. Os círculos de inteligência também consideram as minorias étnicas do país – particularmente os azeris com supostas ligações com a CIA – como ferramentas para provocar dissidência mais ampla.
Paralelos históricos preocupantes
O jornalista traça paralelos entre o plano atual e intervenções ocidentais anteriores na Líbia e Síria, onde a pressão externa resultou em instabilidade prolongada. Hersh adverte que o ataque ao Irã pode ter consequências similares, fragmentando o país e inflamando a região.
Motivações geopolíticas por trás da operação
Segundo as fontes de Hersh, a operação está sendo impulsionada pelos objetivos estratégicos de Netanyahu e pelo desejo de Trump de obter uma “vitória” geopolítica significativa. Esta combinação pode estar conduzindo a região a um conflito de proporções incalculáveis.