Em setembro, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em São Paulo (CTB-SP) retoma com força a discussão sobre a urgência da saúde mental como parte fundamental dos direitos dos trabalhadores. No contexto atual, marcado por intensificação das jornadas, metas abusivas e insegurança, cuidar da mente não é um luxo, é uma questão de dignidade, solidariedade e condições humanas de trabalho.

A CTB avalia a saúde mental como um pilar essencial da qualidade de vida. Isso ganha ainda mais força no campo das normas trabalhistas, com a nova redação da NR-1, que reconhece riscos psicossociais — como assédio, sobrecarga e falta de autonomia — como ameaças concretas à saúde do trabalhador e da trabalhadora, exigindo sua gestão com a mesma seriedade dos riscos físicos.

O cotidiano marcado por pressões, metas abusivas e jornadas exaustivas tem adoecido a classe trabalhadora. Por isso, o debate sobre saúde mental é também uma pauta sindical e de direitos. A prevenção ao suicídio começa com gestos simples: perceber quando um colega não está bem, oferecer escuta sem julgamento e apoiar na busca por ajuda profissional.

“Companheiros e companheiras, neste mês de setembro queremos lembrar que a saúde mental é tão importante quanto a física. Em meio à rotina intensa de produção, metas e responsabilidades, é essencial que cada trabalhador se sinta visto, ouvido e acolhido”, afirma Luciana Arcanjo Nunes, vice-presidenta do Sindmetal Jaguariúna e Região, secretária das mulheres da Fitmetal e secretária das mulheres da CTB São Paulo.

Segundo ela, pedir apoio não é sinal de fraqueza. “Estamos juntos na luta pela valorização da saúde mental no ambiente de trabalho. Defendemos a criação de espaços seguros para acolhimento e escuta. Promovemos ações de conscientização e apoio psicológico. Você importa. Sua vida importa. Sua voz importa”, reforça.

A CTB destaca que, nos locais de trabalho, todos enfrentam desafios, mas ninguém deve passar por isso sozinho. Se você está em dificuldade, fale com alguém de confiança. Se perceber que um colega está mais isolado, silencioso ou diferente, se aproxime com empatia. Muitas vezes, uma simples conversa pode salvar vidas.

👉 Cuidar da vida é um ato de coragem, e também um ato coletivo.

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Last Update: 02/09/2025