Os índices de crescimento do setor de serviços se somam aos muitos resultados positivos da economia brasileira sob a batuta do presidente Lula. O Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (14/5) dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) que revelam alta de quase 2% em relação a março de 2024, mês que registrou o décimo segundo aumento consecutivo.

O setor opera em nível elevado, com apenas 0,5% abaixo do ponto mais alto da série histórica, em outubro de 2024, evidenciando uma sólida recuperação pós-pandemia. No comparativo mensal, após crescer 0,9% em fevereiro de 2025, o volume de serviços do país variou 0,3% em março, acumulando ganho de 1,2% em dois meses seguidos de resultados positivos.

A maior expansão de serviços em março foi no setor de transportes (1,7%), impulsionado por diversos fatores, como o fluxo de veículos no carnaval. O IBGE apontou ainda avanços nos serviços profissionais, administrativos e complementares (0,6%) e nos serviços prestados às famílias (1,5%). Estados como Goiás e Rio de Janeiro apresentaram resultados notáveis, com 3,1% e 2,3%, respectivamente.

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Em comparação com o primeiro trimestre de 2024, os dados do IBGE evidenciaram uma expansão de 2,4% no mesmo período em 2025.

Em suas redes sociais, o IBGE fez várias postagens sobre os bons resultados apurados na PMS. “Em relação a março de 2024, na série sem ajuste sazonal, o volume de serviços cresceu 1,9%, décimo segundo resultado positivo consecutivo”, publicou o instituto.

A PMS permite o acompanhamento conjuntural do setor de serviços no país, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que tenham serviços não financeiros como sua principal atividade. A próxima divulgação da PMS, relativa ao mês de abril, será em 13 de junho.

Sustentação em patamar elevado

“O setor de serviços vem se sustentando muito próximo do seu nível recorde, alcançado em outubro de 2024. Agora, em março de 2025, o setor está apenas 0,5% abaixo do pico da série, sendo o segundo ponto mais alto da série histórica, iniciada em janeiro de 2011. Há uma sustentação do setor de serviços em um patamar elevado”, avaliou Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de serviços do IBGE.

Na avaliação setorial e regional, em março de 2025 os resultados foram positivos. Três das cinco atividades e 14 das 27 unidades da federação investigadas apresentaram expansão em relação a fevereiro.

“No Rio de Janeiro, em ordem decrescente de contribuição, os tipos de serviços que se destacaram foram o transporte dutoviário, ligado ao transporte de óleos brutos de petróleo, alojamento e alimentação, cuja receita pode ter sido magnificada pela demanda advinda do Carnaval, atividade de TV aberta e espetáculos teatrais e musicais”, pontua o gerente da PMS.

Setor de comunicação tem índices surpreendentes

O aumento da receita em portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet gerou impacto surpreendente no índice do setor de informação e comunicação (4,6%), que teve também incremento no desenvolvimento e licenciamento de softwares; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet; e consultoria em tecnologia da informação, de acordo com o IBGE.

Ainda na comparação com março de 2024, o setor de serviços expandiu em 22 dos 27 estados da federação, sendo São Paulo (2,0%), Distrito Federal (14,3%), Santa Catarina (5,4%), Mato Grosso (8,6%) e Goiás (7,7%).

Atividades turísticas em alta

O setor de turismo, que registrou índice negativo de 0,2% em março após ter avançado 2,7% em fevereiro, está 9,2% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 3,9% abaixo do ápice da sua série histórica, alcançado em dezembro de 2024. Rio de Janeiro (3,2%) liderou os ganhos do turismo, seguido por São Paulo (0,5%), Distrito Federal (4,8%) e Minas Gerais (1,0%).

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Em relação a março de 2024, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 5,8%, décimo resultado positivo devido ao aumento na receita de empresas dos ramos de transporte aéreo de passageiros, hotéis, serviços de reservas relacionados a hospedagens e restaurantes.

“Em termos regionais, 14 das 17 unidades da federação onde o indicador é investigado avançaram nos serviços voltados ao turismo, com destaque para Rio de Janeiro (17%), seguido por São Paulo (3,6%), Bahia (14,4%), Santa Catarina (10,9%) e Ceará (14,7%)”, informou o IBGE.

Transportes de passageiros a pleno vapor

O volume de transporte de passageiros no Brasil cresceu 2,0% em março de 2025 sobre fevereiro, acumulando ganho de 4,2%. O setor está 1,8% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 21,8% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

O volume do transporte de cargas avançou 0,6% em março de 2025, ganho acumulado de 2% nos últimos dois meses, e 6,6% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). O transporte de cargas está 35,6% acima de fevereiro 2020, pré-pandemia. O transporte de passageiros cresceu 0,8% em março de 2025, sétimo resultado positivo seguido.

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Last Update: 14/05/2025