O Serviço Secreto americano, responsável pela segurança de Donald Trump durante a campanha eleitoral para presidente dos Estados Unidos, se tornou alvo de críticas por sua atuação no comício em que ocorreu a tentativa contra o republicano, na Pensilvânia, em que ele acabou sendo atingido.
Embora tenham retirado o presidenciável em segurança do local e nada mais grave do que um ferimento de raspão na orelha tenha ocorrido, os questionamentos focaram na falha de segurança que permitiu o atirador se posicionar a menos de 200 metros e disparar oito vezes contra o palco.
Como conta a Folha de S.Paulo, o presidente do Comitê de Supervisão e Responsabilidade da Câmara dos Representantes dos EUA, James R. Comer, afirmou na noite de sábado (13) que o caso será investigado como uma tentativa de homicídio contra o ex-presidente. Além disso, irão convocar a diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, para prestar depoimento em uma audiência no Legislativo, em 22 de julho.
“Os americanos exigem respostas sobre a tentativa de assassinato do presidente Trump”, publicou a comissão nas redes sociais.
O Serviço Secreto é o principal responsável pela segurança do presidente e dos candidatos à Presidência, mas o evento também contava com a atuação de integrantes do FBI, a polícia federal dos EUA, e da polícia local da Pensilvânia.
Por meio das redes sociais o porta-voz da agência, Anthony Guglielmi, desmentiu os boatos de que um membro da equipe do ex-presidente solicitou recursos de segurança adicionais e que estes foram rejeitados. “Isto é absolutamente falso”, declarou, reafirmando que eles adicionaram recursos, tecnologia e capacidades de proteção na ocasião.
Theres an untrue assertion that a member of the former President’s team requested additional security resources & that those were rebuffed. This is absolutely false. In fact, we added protective resources & technology & capabilities as part of the increased campaign travel tempo
— Anthony Guglielmi (@SecretSvcSpox) July 14, 2024
Ainda na noite de sábado, o agente especial do FBI Kevin Rojek disse ser “surpreendente” que o atirador tenha conseguido abrir fogo no palco antes de o Serviço Secreto o matar. O órgão, equivalente à Polícia Federal nos EUA, abriu uma investigação à título de tentativa de homicídio. O próprio Serviço Secreto e a Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos EUA também realizarão investigações, ainda de acordo com o veículo.
Apoiadores de Trump alertaram autoridades sobre um homem armado no telhado próximo ao comício, como relevam alguns veículos estadunidenses. Nas imagens, é possível ver que o palco estava situado em uma área descampada com poucas construções ao redor. Atiradores das forças de segurança foram posicionados em galpões próximos ao presidente, enquanto o atirador estava fora da área de isolamento.