O PSDB, mesmo atravessando uma crise sem precedentes, anunciou a filiação de dois novos senadores: Styvenson Valentim, do Rio Grande do Norte, e Oriovisto Guimarães, do Paraná. Os dois políticos eram filiados ao Podemos.
O anúncio oficial da chegada dos novos filiados foi feito pela sigla neste sábado 1º, pouco antes da eleição para a presidência do Senado. Com a chegada dos ‘novos tucanos’, o PSDB poderá voltar a ter um cargo de liderança no Senado. O partido havia perdido a prerrogativa de ter um líder após sofrer uma debandada e ficar com apenas um senador: Plínio Valério.
A liderança permite, entre outras coisas, que o partido ocupe uma sala de trabalho na sede do Senado Federal, que exige um mínimo de três senadores. A liderança também permite que a sigla dispute espaços em comissões importantes, como a de Constituição e Justiça (CCJ).
“Oriovisto tem o perfil do PSDB: é um empresário bem-sucedido na educação e tem contribuído com bons projetos no Senado, especialmente na área econômica. Styvenson também será um excelente quadro no partido, com sua experiência na segurança pública e seu trabalho em benefício da população potiguar”, comentou Valério nas redes sociais.
A crise tucana
A crise no PSDB se agravou em 2023, após o partido sofrer três desfiliações: Mara Gabrilli foi para o PSD de São Paulo; Alessandro Vieira trocou os tucanos pelo MDB de Sergipe; e Izalci Lucas optou por rumar ao PL do Distrito Federal. O amazonense Plínio Valério foi o único senador a se manter filiado ao partido.
O novo capítulo da crise se dá com a discussão de uma possível fusão com o MDB. Os dois partidos sofrem com baixas eleitorais e viram suas bancadas no Congresso Nacional serem reduzidas drasticamente no último pleito. A fusão permitiria um novo fôlego para as legendas, mas sofre resistência de parte da lideranças.