O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, prorrogou os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito que apura a manipulação de jogos e os esquemas de apostas esportivas por mais 45 dias. A previsão era de que a comissão funcionasse até o dia 15 de fevereiro. Agora o prazo final foi estendido para 1º de abril.
A prorrogação, oficializada no sábado 15, atendeu ao pedido feito pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente da CPI.
Na solicitação, Kajuru explica que a prorrogação foi necessária devido à falta de quórum mínimo de seis senadores para as reuniões que estavam previstas para terça-feira e quarta-feira da semana passada. O relatório final da comissão, que está sob a responsabilidade do senador Romário (PL-RJ), deveria ter sido votado nessas reuniões.
Instalada em abril de 2024, a CPI tem o objetivo de investigar denúncias e suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, com o possível envolvimento de jogadores, dirigentes e empresas de apostas.
Indiciamentos
O relatório final, que já foi protocolado na CPI, pede o indiciamento de três pessoas: os empresários William Pereira Rogatto e Thiago Chambó Andrade e do tio do jogador Lucas Paquetá, Bruno Tolentino.
O senador Romário, autor do relatório, também fez uma série de recomendações para limitar a atuação de criminosos no mercado de bets. Há, por exemplo, a indicação para que o Brasil proíba o modelo de apostas em eventos da partida que dependam de apenas um jogador, como falta ou cartões.
Se aprovado pelo conjunto da Comissão, o texto será encaminhado ao Ministério Público Federal, ao Judiciário, à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a órgãos do Executivo, como os ministérios da Fazenda e do Esporte, para que as entidades envolvidas com o esporte e com os jogos online adotem medidas contra a prática da manipulação de resultados.
(Com informações de Agência Senado e Agência Brasil)