Os principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, entre eles a ex-primeira-dama Michelle, o pastor Silas Malafaia e o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) voltaram à Avenida Paulista neste domingo (7) para clamar por anistia ao líder do bolsonarismo.

Na próxima sexta-feira (12), deve ser anunciado o resultado do julgamento do ex-presidente e dos demais réus do Núcleo 1 pela tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e outros três crimes.

Assim, o discurso pela anistia dos envolvidos na trama golpista foi a única tônica do ato daqueles que se intitulam patriotas, mas que não abordaram nenhuma pauta em prol do país. Pelo contrário: exibiam bandeiras dos Estados Unidos e, em menor número e tamanho, de Israel.

Valdemar Costa neto, presidente do PL, afirmou que não há plano B a não ser Bolsonaro na disputa do Executivo Federal em 2026.

“O que houve em Brasília foi uma baderna generalizada que eles querem transformar em golpe. Nós somos a favor de punir todos que quebraram, mas acontece que se fosse golpe, quem ia governar o país?”, disse o ex-deputado federal, na tentativa de distorcer os fatos.

Isso porque os atos golpistas foram tramados por Bolsonaro e militares de alta patente, que, de acordo com denúncia da Procuradoria-Geral da República, arquitetaram inclusive a execução de do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), a fim de viabilizar a permanência do então presidente no poder.

Costa Neto prometeu ainda a votação da anistia, tendo em vista que a oposição teria maioria no Congresso para tal.

Candidatos ao espólio de Bolsonaro, os governadores de São Paulo e Minas Gerais, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Romeu Zema (Novo) marcaram presença no ato.

“Essa festa aqui não está completa porque Jair Messias Bolsonaro não está aqui conosco”, iniciou Freitas. “Só existe um candidato para nós, que é Jair Messias Bolsonaro.”

Ao longo do discurso, Tarcísio tentou ainda descredibilizar o trabalho da Procuradoria-Geral da República (PGR) na denúncia feita contra o ex-presidente, alegando que não há ligação entre a atuação de Bolsonaro e o plano Punhal Verde e Amarelo. Não citou, porém, que se tratava de uma plano para assassinar autoridades. “Não se pode destruir a democracia sob o pretexto de resgatá-la.”

Organizador e financiador da manifestação, Silas Malafaia usou um argumento contraditório para defender a anistia a Bolsonaro. Em seu discurso, afirmou que, no passado, esquerdistas tentaram dar um golpe de Estado, a fim de implantar o comunismo no Brasil. “Essa gente é sem caráter. E agora é contra anistia? Anistia já.”

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Last Update: 07/09/2025