A cidade de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, chegou nesta segunda (28) ao sexto dia consecutivo sem abastecimento de água. A interrupção, causada por uma ruptura na adutora principal, escancarou o descaso da Sabesp privatizada, que hoje prioriza o lucro dos acionistas e campanhas milionárias de marketing — enquanto a população fica no abandono.
A previsão inicial da empresa, feita no dia 23 de julho, era de que o fornecimento seria normalizado já no dia seguinte (24). Mas a promessa ficou no papel. O restabelecimento segue lento e irregular, e grande parte dos moradores continua sem água nas torneiras.
A conta sobra para o povo
Como é comum em casos de privatização, quando a crise bate à porta, a responsabilidade é jogada no colo do poder público. A Prefeitura teve que entrar em ação, disponibilizando 40 caminhões-pipa para tentar atender a cidade.
Mas a quantidade de água por morador foi limitada a poucos baldes. Idosos e pessoas com mobilidade reduzida sofrem para carregar o peso até suas casas.
População se revolta e Sabesp lava as mãos
Diante do descaso, a indignação cresce. Moradores protestaram nas ruas e chegaram a bloquear a Rodovia Régis Bittencourt, exigindo respostas concretas e compensações pelos transtornos.
E o que a Sabesp faz? Diz que não vai oferecer nenhum tipo de desconto nas contas, mesmo com a interrupção causada por falta de manutenção e demora inaceitável no reparo, que são de total responsabilidade da concessionária.
O Sintaema denuncia!
Para o Sintaema, é inaceitável que uma empresa responsável por um bem essencial como a água trate os cidadãos com tamanho descaso. Hoje, a Sabesp gasta milhões com publicidade para convencer a elite financeira de que a privatização deu certo, enquanto bairros inteiros seguem dias sem uma gota de água, sem apoio e sem qualquer reparação.
O Sintaema segue na luta pela garantia de água limpa e esgoto tratado para todos e todas, com qualidade e com responsabilidade social.
Água não é mercadoria, é um direito humano básico — e nós não aceitaremos que o povo pague essa conta.
