O futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou que a autarquia não deve interferir no dólar e que a taxa de juros deve permanecer alta por mais algum tempo.
Galípolo participou de um evento promovido pela X Investimentos.
“A economia está mais dinâmica, com desemprego em mínimos históricos e o real desvalorizado. Isso indica a necessidade de uma política monetária mais restritiva por mais tempo”, afirmou o próximo presidente do BC.
Desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC elevou a taxa Selic de 10,75% para 11,25%, o que coloca o Brasil com a terceira maior taxa de juros real do mundo.
Para Galípolo, a autarquia também não deve intervir na onda de alta do dólar, que pela primeira vez ultrapassou a marca dos R$ 6 e hoje está cotado a R$ 6,07, ainda que o BC tenha US$ 370 bilhões em reservas.
“O câmbio flutuante está cumprindo muito bem seu papel. Seguimos participando [do mercado de câmbio] só quando há disfuncionalidade”, afirmou o economista.
Taxação dos mais ricos
Galípolo falou ainda sobre o anúncio da nova taxação de 10% sobre a renda total de brasileiros que ganham acima de R$ 50 mil por mês, medida que o BC ainda está analisando os impactos.
“Estamos fazendo todos os exercícios, todas as contas, até pelo tamanho e crescimento que esse mercado teve no volume, para entender como é que isso poderia levar a uma reprecificação dos ativos”, observou.
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