Seis mitos sobre cibersegurança que ainda colocam empresas em risco

Em um cenário de ataques cibernéticos cada vez mais sofisticados, empresas que mantêm crenças equivocadas sobre segurança digital expõem seus dados e operações a riscos elevados.

Segundo o especialista em soluções tecnológicas Gustavo Leão, da IPV7, é preciso romper com mitos que comprometem a proteção e colocam em xeque a continuidade dos negócios.

Empresas pequenas também são alvos

Um dos erros mais comuns é pensar que apenas grandes corporações interessam aos cibercriminosos. Na realidade, pequenas e médias empresas (PMEs) são frequentemente visadas por apresentarem defesas mais frágeis.

Ataques automatizados exploram vulnerabilidades comuns e não fazem distinção por porte da empresa. Por isso, acreditar que “minha empresa é pequena demais para ser alvo” pode custar caro.

Antivírus não cobre todas as ameaças

Outro equívoco frequente é considerar o antivírus como proteção suficiente. Embora seja uma ferramenta importante, ele não detecta ameaças mais complexas, como ransomwares ou golpes de phishing. Assim, a proteção eficaz precisa ser mais ampla. Ela deve incluir firewalls, sistemas de detecção de intrusões, autenticação multifator e programas contínuos de análise de vulnerabilidades. Além disso, é necessário investir em capacitação dos funcionários.

Segurança é responsabilidade coletiva

A segurança não é apenas uma tarefa da área de TI. Engenharia social, como e-mails fraudulentos, pode atingir qualquer funcionário da empresa. Por isso, é necessário construir uma cultura de segurança. Todos os profissionais devem ser treinados para identificar riscos e agir de forma preventiva.

Senhas fortes não bastam

Apesar de importantes, senhas robustas não garantem proteção total. Hoje, é necessário implementar autenticação multifator (MFA). Esse mecanismo dificulta acessos indevidos mesmo quando a senha é comprometida. Além disso, é importante evitar repetir senhas em diferentes serviços.

Dispositivos móveis exigem atenção

Com o aumento do uso de smartphones e tablets no trabalho, a proteção desses equipamentos se tornou uma prioridade. Eles também são alvos frequentes de ataques. Portanto, é preciso aplicar políticas de segurança específicas para dispositivos móveis. Isso inclui criptografia, controle de acesso e uso de soluções de gerenciamento (MDM).

Terceirizar não elimina os riscos

Contratar uma empresa especializada em TI não garante segurança por si só. A prestadora também pode apresentar fragilidades. Dessa forma, é essencial avaliar os critérios de segurança de cada fornecedor.

Verifique se há políticas claras, treinamentos frequentes e ações como testes de invasão (pentests) ou programas de Bug Bounty. Essa checagem ajuda a reduzir o risco de exposição de informações sensíveis.

Segurança como parte da estratégia

A cibersegurança não é mais um tema técnico restrito a especialistas. Ela faz parte das decisões de negócio, do planejamento e da gestão de riscos. Segundo Leão, “um único incidente pode comprometer a credibilidade, afastar clientes e gerar prejuízos difíceis de reverter”.

Empresas mais preparadas integram a segurança à governança. Assumem que eliminar todos os riscos é impossível, mas buscam reduzir vulnerabilidades, acelerar respostas e manter a operação com controle.

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