
Rosana Maciel Gomes, 52 anos, foi deportada dos Estados Unidos nesta quarta-feira (27), após ser detida por imigração ilegal. Ela é a segunda brasileira envolvida nos ataques de 8 de janeiro a ser enviada de volta ao Brasil. Rosana, que foi condenada a 14 anos de prisão por crimes como golpe de Estado, associação criminosa e danos a patrimônio público, nega sua participação nos ataques e afirma que não destruiu qualquer bem no Palácio do Planalto. A defesa alegou que, ao ver o local danificado, Rosana ficou em estado de choque. Com informações da UOL.
A autônoma foi presa em janeiro de 2025 na fronteira entre os Estados Unidos e o México, após uma fuga que a levou a percorrer mais de 10 mil quilômetros por diversos países da América Latina, incluindo Uruguai, Argentina, Colômbia e México.
Ela foi inicialmente detida nos EUA por imigração ilegal e passou meses na penitenciária da Polícia de Imigração e Alfândega (ICE), onde alegou péssimas condições de detenção, como a omissão de socorro durante um problema de saúde. “Fiquei três dias passando mal com problema de pulmão. Quase morri. Eles não me deram socorro”, contou Rosana em entrevista ao UOL, em abril deste ano.

Apesar de diversos adiamentos, Rosana finalmente foi deportada no voo que a trouxe de volta ao Brasil, após a intermediação das autoridades brasileiras. Sua deportação era aguardada desde que, em maio de 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a inclusão de seu nome na difusão vermelha da Interpol.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também havia solicitado medidas urgentes para efetivar a extradição. A deportação de Rosana é a mais recente ação em uma série de esforços para trazer de volta ao Brasil aqueles envolvidos nos ataques, após fugirem para países vizinhos, como a Argentina.
Rosana Maciel Gomes não é a única envolvida a fugir do Brasil após os ataques. Dezenas de condenados e investigados pelos ataques de 8 de janeiro procuraram refúgio em outros países, como a Argentina, onde mais de 180 pediram asilo, alegando perseguição política.
Contudo, após a Argentina começar a prender os fugitivos com ordens de extradição, muitos, incluindo Rosana e outras fugitivas como Cristiane da Silva e Raquel de Souza Lopes, fugiram para outras nações. Alguns ainda se encontram em processo de deportação ou aguardam julgamento, com pelo menos uma fugitiva localizada no Chile, enquanto outros rumaram para países da América Central.