O mercado brasileiro de papel e celulose prevê R$ 105 bilhões em investimentos até 2028, com abertura de novas fábricas, expansão de plantas já existentes e melhorias na infraestrutura logística para escoamento da produção.
Os maiores projetos envolvem as empresas Arauco (R$ 25 bi), Suzano (R$ 22,2 bi), CMPC (R$ 25 bi), Bracell (R$ 5 bi) e Klabin (R$ 1,6 bi).
Segundo as empresas, os projetos devem empregar 36 mil trabalhadores durante as obras e gerar outros 7,3 mil empregos diretos e indiretos quando as unidades entrarem em operação.
O presidente da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), Paulo Hartung, destacou que os investimentos em novas fábricas são feitos em regiões “com baixíssimo dinamismo econômico”.
“E as florestas cultivadas estão sendo implementadas, nos últimos anos, basicamente substituindo pastagem improdutiva”, disse Hartung, ressaltando que os projetos seguem programa do Ministério da Agricultura em relação à conversão de áreas de baixa produtividade de pastagens.
Com quase 10 milhões de hectares de áreas produtivas plantadas (eucalipto, pinus e outras espécies), a indústria de papel e celulose gerou US$ 10,3 bilhões de divisas para o país em 2023, ou cerca de 3% de tudo o que o Brasil exportou no ano passado. O saldo comercial (exportações menos importações) foi de US$ 9,2 bi.
Essas estratégias se unem aos investimentos anunciados pelas siderúrgicas e pela indústria automotiva dentro do conceito da Nova Indústria Brasil.