Secretário de Defesa dos EUA enterra esperanças da Ucrânia: “Não vão entrar na OTAN nem recuperar territórios”

Zelensky presidente da Ucrânia
Zelensky, presidente da Ucrânia

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, disse nesta quarta-feira (12) que a guerra entre Ucrânia e Rússia “deve acabar”, mas destacou que a adesão do país à Otan, a aliança militar ocidental, é irrealista.

Além disso, destacou que os EUA não priorizarão mais a segurança europeia e ucraniana, já que o governo Trump mudará sua atenção para proteger as próprias fronteiras e impedir uma guerra com a China.

Em comentários feitos antes de uma reunião do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia, Hegseth também afirmou que os Exércitos europeus devem ser a principal força para proteger a Ucrânia após a guerra — e que as tropas americanas não estarão envolvidas nisso.

“Os Estados Unidos não acreditam que a adesão da Ucrânia à Otan seja um resultado realista de um acordo negociado”, destacou Hegseth. Ele acrescentou que quaisquer garantias de segurança oferecidas à Ucrânia “devem ser apoiadas por tropas europeias e não europeias capazes”.

“Para ser claro, como parte de qualquer garantia de segurança, não haverá tropas dos EUA enviadas para a Ucrânia”, ressaltou.

Hegseth também ponderou que a volta das fronteiras da Ucrânia para o que eram antes de 2014, antes da Rússia invadir a Crimeia e o leste do país, “é um objetivo irrealista”.

Essas falas certamente serão uma preocupação para o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que disse esta semana que a Europa sozinha não pode fornecer garantias de segurança significativas para a Ucrânia sem a liderança americana.

O secretário de Defesa dos EUA também não anunciou nova ajuda do para a Ucrânia. “Também estamos aqui hoje para expressar direta e inequivocamente que duras realidades estratégicas impedem que os Estados Unidos da América se concentrem principalmente na segurança da Europa”, destacou.

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