Mais da metade das cidades brasileiras entrou em alerta na última terça-feira (10) devido à piora na qualidade do ar, segundo informações do G1. A fumaça de queimadas intensifica o problema, que já costuma ser grave durante essa época do ano.
Ao todo, 2.848 municípios, incluindo o Distrito Federal, foram notificados sobre a baixa umidade do ar, variando entre 30% e 20%. Em mais de 600 cidades, a umidade caiu para níveis abaixo de 12%, uma situação crítica que eleva os riscos de incêndios e problemas de saúde.
A prolongada estiagem, considerada a pior seca já registrada no Brasil, e a ausência de chuvas nas últimas semanas, indicam que todas as regiões do país enfrentarão baixos níveis de umidade nesta quarta-feira (11). A onda de calor que assola o território nacional agrava ainda mais a situação, bloqueando a chegada de frentes frias e, consequentemente, das chuvas, mantendo o clima extremamente seco.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a situação mais crítica está prevista para o Centro-Oeste, onde todos os estados deverão registrar níveis muito baixos de umidade.
Além disso, a atmosfera seca favorece a concentração de poluentes nas camadas mais próximas do solo, prejudicando ainda mais a qualidade do ar. Vale destacar que, na última terça-feira (10), São Paulo figurou entre as cidades com os piores índices de poluição do mundo.
Para esta semana, o Inmet emitiu um alerta para uma nova onda de calor, com temperaturas previstas para ficarem até 5ºC acima da média histórica nos próximos dias.
O alerta de calor extremo afeta estados como Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, além do sul de Minas Gerais e o norte do Rio Grande do Sul. O aviso, iniciado na terça-feira, deve se estender por dois a três dias, e algumas cidades podem registrar temperaturas acima dos 40ºC, agravadas pela baixa umidade.