A alta da taxa Selic para 14,25% ao ano, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, impacta diretamente os custos de empréstimos e financiamentos.
Pequenos negócios precisam ajustar suas estratégias financeiras para lidar com o novo cenário e buscar alternativas para manter a sustentabilidade das operações.
Revisão financeira e alternativas de financiamento
O primeiro passo é revisar os planos financeiros para aproveitar eventuais quedas futuras da taxa de juros.
Giovanni Beviláqua, coordenador de Acesso a Crédito e Investimentos do Sebrae, destaca que reduzir a dependência de bancos tradicionais pode ser um caminho.
“Há outras formas de financiamento a serem exploradas, como crowdfunding, investidores-anjo, cooperativas de crédito e agências de fomento”, explica.
Além disso, manter-se atualizado sobre tendências econômicas também é essencial para tomar decisões com embasamento.
Beviláqua sugere que empreendedores diversifiquem seus produtos e serviços para mitigar os efeitos de uma desaceleração econômica.
Custos elevados e busca por soluções
Levantamento do Sebrae com base em dados do Banco Central aponta que a taxa de juros para um microempreendedor individual (MEI) pode ser mais de quatro vezes superior à Selic.
No Nordeste, os juros anuais superam 51%.
Para ampliar o acesso ao crédito, o Sebrae tem atuado junto ao governo federal por meio do Programa Acredita.
Com o Fundo de Aval para Micro e Pequena Empresa (Fampe), cerca de 30 instituições bancárias estão habilitadas a oferecer financiamentos.
Está previsto o aval de R$ 30 bilhões em operações de crédito nos próximos três anos.