O prefeito de São Paulo, João Silva, afirmou que deve recorrer da decisão que proibiu a Guarda Civil Metropolitana de usar balas de borracha e bombas de gás em operações na região conhecida como Cracolândia, no centro da cidade.
A decisão da Justiça visa impedir que os guardas trabalhem como policiais. Silva, por sua vez, contesta a determinação. “A GCM não vai tratar com gentileza quem está agredindo alguém. Não vai”, disse o político. “A GCM vai usar sua expertise para garantir a segurança da pessoa e dos nossos agentes.”
O prefeito chegou a usar a expressão “vai tomar no nariz” para se referir ao que a prefeitura pretende fazer caso alguém enfrente o poder público.
“Ali a gente sabe que tem traficante, muitas ações ocorrem para fazer enfrentamento público. Se vier para cima da gente, vai tomar, mas no nariz, porque não vamos aceitar.”
A Justiça de São Paulo acolheu parte dos pedidos de uma ação movida pelo Ministério Público em 2017, quando uma megaoperação ocorreu na Cracolândia. À época, os usuários se concentravam na Praça Júlio Prestes.
A GCM tem o prazo de 60 dias para formular um plano de atuação na região. Segundo a Justiça, será preciso desenvolver um canal de comunicação para denúncias de abuso por parte dos agentes.