O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, voltou nesta segunda-feira 25 a condicionar uma eventual candidatura à Presidência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à migração para o seu partido.
A declaração, concedida a jornalistas após um evento promovido pelo grupo Esfera Brasil em São Paulo, surge em meio à corrida de políticos de direita para conquistar o espólio eleitoral de Jair Bolsonaro (PL).
“O Tarcísio já declarou na semana passada, em jantar com governadores, que se for candidato a presidente no ano que vem, que ele assina com o PL. Antes disso, há um ano e meio, ele já havia falado isso para mim. Mas hoje ele é candidato a governador e está em outro partido”, declarou Valdemar. Segundo o chefe do PL, o martelo será batido entre o fim deste ano e o início de 2026.
No evento, Valdemar também afirmou que a única saída para evitar a condenação de Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal pela trama golpista de 2022, é o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O julgamento do ex-capitão começará em 2 de setembro.
“Quando o Poder Judiciário se comporta dessa maneira, é a pior coisa que existe para todo o País. Por quê? Porque você não tem para quem recorrer. Esse é o nosso problema. Todos estão apoiando o Alexandre de Moraes. A maioria”, explicou Valdemar. O presidente do PL ainda elogiou a trama do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA, mas alegou que a articulação pró-sanções contra o Brasil não é comunicada previamente ao partido.
Não é a primeira vez que Valdemar ventila a possibilidade de Tarcísio se filiar ao PL. Em maio do ano passado, o dirigente chegou a declarar que o governador deixaria o Republicanos logo após as eleições municipais, o que não se concretizou.